60ª Reunião Anual da SBPC




C. Ciências Biológicas - 7. Fisiologia - 5. Fisiologia

POSSÍVEIS EFEITOS HIPOGLICEMICOS E TOXICOLÓGICO DA LECTINA DE DIOCLEA GUIANENSES.

Aline LIdiane Batista1
Francisco Barros Barbosa1
José Hélio de Araújo Filho1
José André Penaforte Rodrigues1

1. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte


INTRODUÇÃO:
As lectinas de sementes de plantas pertencentes à subtribo Diocleinae, são proteínas de origem não imune que reconhecem especificamente carboidratos do tipo Glicose e Manose. Dados da literatura já têm mostrado os efeitos adversos dessa classe de proteínas em fungos, plantas, insetos e animais superiores; efeitos esses como potencial anti-fúngico, indução de liberação de Óxido Nítrico em endotélios venosos, mitogênese de macrófagos e outros. O receptor de insulina trata-se de uma glicoproteína, que exibe resíduos de manose (tri-manosídios) na porção externa da superfície celular. Em função da capacidade de se ligar a carboidratos, hipotetizou-se que essas proteínas pudessem atuar no metabolismo glicídico se associando ao receptor e mimetizando os efeitos da insulina, em indivíduos diabéticos, uma vez que esta doença é uma fisiopatologia de importância epidemiológica global.

METODOLOGIA:
As Lectinas foram isoladas por procedimento cromatográfico numa coluna de afinidade (SEPHADEX – G50) e seu grau de pureza confirmado por SDS – PAGE eletroforese. Foram utilizados ratos Wistar, machos, com cerca de 200g, diabéticos induzidos com Aloxano, acondicionados em ambiente padrão de Biotério (UERN – Campus Central). Estes animais foram divididos em dois grupos, de cinco animais, conforme a seguinte classificação: controle (CC) e não diabético tratado (CT). Após a indução do diabetes, os ratos foram tratados administrando-se solução de Lectina em NaCl 0,15M contendo Ca+2/Mn+2 5mM na via intraperitoneal (9mg/kg). Para a avaliação de seus efeitos coletou-se o sangue via caudal em lapsos de tempo correspondentes a 3,6,9 horas após a administração da solução lectínica. O plasma obtido por procedimento de centrifugação, aferindo os níveis de Glicose pelo método espectrofotométrico da Glicose Oxidase.Para a avaliação da toxicidade foram avaliadas as enzimas aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase ( Kit Enzimático Bioclin) e parâmetros comportamentais e morfológicos.

RESULTADOS:
Ratos normais tratados com a solução de lectina obteiveram redução de 40%na glicemia se comparado com ratos não tratados em ratos diabéticos essa redução foi menos drástica cerca de 20% de redução glicemia. Os nossos achados preliminares geraram fortes indícios de que a Lectina da semente de Dioclea guianensis possui uma possível atividade anti-hiperglicemiante.

CONCLUSÕES:
A proteína está muito provavelmente envolvida em alguma das várias vias possíveis de sinalização celular que controlam a homeostase dos níveis de glicose sistêmica.

Instituição de fomento: CNPq

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Aloxano, Diabetes, Lectinas

E-mail para contato: aline_alb12@yahoo.com.br