60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

As camadas marinhas mais basais da bacia sedimentar Sergipe-Alagoas são representadas pela Formação Riachuelo e no limite de idade albiana encontra-se uma grande diversidade de bivalves. O presente trabalho teve como objetivo identificar os representantes da família Inoceramidae Giebel 1852, marcar a ocorrência destes nestas camadas, correlacionar com amonóides e fornece dados para a reconstrução paleobiogeográfica da fase inicial da abertura do Atlântico Sul, na região nordeste do Brasil. A família de bivalves Inoceramidae, primeiramente evoluiu no Permiano e tornou-se extinta no fim do Mesozóico. Até então existe poucos relatos da ocorrência dos representantes dessa família de idade albiana

METODOLOGIA:

Foram analisados 10 exemplares provenientes de duas localidades: Estrada do Porto 1 e Vassouras 1. Os fósseis foram lavados em água corrente, a seguir foi feita uma limpeza do excesso de sedimento com estilete e martelo adequado. A identificação foi realizada partindo-se morfometria dos exemplares com análise da morfologia funcional e comparação das estruturas com as formas descritas na literatura.

RESULTADOS:

Os fósseis aqui estudados são de idade Albiano inferior a médio; encontram-se associados aos amonóides das seguintes espécies Puzosia garajuana, Douvilleiceras aequinodum, Douvilleiceras inaequinodum e Douvilleiceras clementinum na localidade Estrada do Porto 1 já na localidade Vassouras 1 estão associados a amonóides de gênero Oxytropidoceras. Pertencem ao gênero Inoceramus Sowerby 1814.

CONCLUSÕES:

Trata-se de uma nova espécie que provavelmente pode ser incluída no Grupo do Inoceramus anglicus proposto por Crame 1985. Para identificação ao nível de espécie será necessária a coleta de mais exemplares em bom estado de preservação.

Instituição de fomento: PIBIC/CNPq

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: Inoceramídeos, Cretáceo, Bacia de Sergipe

E-mail para contato: sobral.acs@hotmail.com