60ª Reunião Anual da SBPC




F. Ciências Sociais Aplicadas - 4. Turismo e Hotelaria - 3. Direito Civil

O ENSINO À DISTÂNCIA PELO OLHAR DOS ALUNOS DE TURISMO DA UNAERP

Henrique Catai1, 2
Sandra Rita Molina1, 3
Rafael Elias Magalhães4

1. Curso de Turismo da Universidade de Ribeirão Preto
2. Docente, Mestre
3. Docente, Doutora
4. Discente


INTRODUÇÃO:
O ensino superior brasileiro passa por mudanças de ordem organizacional, metodológica e didática, principalmente, com o avanço do ensino à distância, comumente denominado “ensino virtual”. Instituições de ensino superior, tanto privadas quanto públicas, criaram e estruturaram cursos de graduação e pós-graduação (latu e strictu senso) com a grade curricular parcial ou totalmente aplicada e ministrada à distância. No caso da Universidade de Ribeirão Preto, a utilização desse instrumento permeia todos os cursos superiores de graduação. O objetivo da pesquisa foi identificar a visão que os discentes do curso de Turismo possuem sobre o ensino à distância, avaliando seus pontos positivos e negativos.

METODOLOGIA:
A pesquisa teve um caráter descritivo, com base teórica fundamentada em textos da Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e à Distância e do Decreto 5622/19/12/2005. Em seguida, um questionário com 11 perguntas (abertas e fechadas) foi elaborado e aplicado para todos os alunos do curso de Turismo que participaram das seguintes disciplinas virtuais: Metodologia Científica, Economia, Tecnologia da Informação, Estágio I, Leitura e Produção de Texto, Estágio III. O último passo foi a tabulação e a análise das respostas.

RESULTADOS:
Os resultados demonstram que 74,6% possuem acesso à rede mundial de computadores – Internet – e a utilizam para conversar com amigos e obter informações. O tempo de permanência na rede supera duas horas para certa de 47,6% do grupo pesquisado, sendo o acesso efetuado nas residências e na universidade. Porém, quando questionados sobre o tempo semanal alocado para o acesso do conteúdo da disciplina, para 90,32%, esse período não supera mais que duas horas. As dificuldades e os pontos negativos da disciplina em sua grande parte estão concentrados em falta de motivação, ausência do professor e aula presencial, dificuldade em manter e criar debates. Tais resultados levaram ao questionamento sobre os pontos positivos, sendo eles a disponibilidade de tempo, facilidade de acesso e comodidade. As possíveis melhorias identificadas seriam a existência de algumas aulas presenciais e maior uso da ferramenta “Bate-papo”.

CONCLUSÕES:
As conclusões desse pequeno levantamento apontam que o uso dos instrumentos virtuais – Internet – para o ensino à distância ainda não foi absorvido pelos estudantes superiores, enfatizando que apesar do grupo pesquisado encontrar-se na faixa etária entre os 17 e 25 anos, mais de 81% deles não faria um curso totalmente virtual. Como um novo paradigma no processo de ensino-aprendizagem, há a necessidade de elaboração de metodologias transitórias como o uso de conversas “online” e aulas presenciais distribuídas na carga horária total da disciplina. Dessa maneira, tanto os docentes e discentes poderão discutir e aprofundas o uso da Internet na democratização do conhecimento.



Palavras-chave:  Ensino à Distância, Graduação, Turismo

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