60ª Reunião Anual da SBPC




E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 3. Fitossanidade

USO DE COBERTURA MORTA NO CONTROLE DE PHYTOPHTHORA PALMIVORA EM MAMOEIRO (CARICA PAPAYA CV SUNRISE SOLO).

Leonardo da Fonseca Barbosa1
Lais Peixoto da Rocha Amorim1
Edna Peixoto da Rocha Amorim2
Kátia Felix1
Ícaro Silva1
Geórgia Peixinho1

1. UFAL
2. Prof. Dr - Departamento de fitossanidade - UFAL - Orientador


INTRODUÇÃO:
Originário das Américas, o mamoeiro (Carica papayaL.) encontra-se atualmente disseminado pelos vários continentes de clima tropical como África, Ásia e Oceania. (Siqueira, 2003). O Brasil figura como o maior produtor dessa cultura em escala internacional com 25% da produção, seguido do México com 14%, Nigéria com 11%, Índia com 10% e Indonésia também com 10% ( FAO, 2006). O mamoeiro sofre o ataque de diferentes agentes etiológicos, além dos distúrbios e anomalias de causas desconhecidas e não parasitarias, causando grandes perdas na produção. As doenças podem afetar as folhas, ramos, raízes, flores e frutos do mamoeiro em diferentes etapas do seu desenvolvimento (Oliveira & Santos Filho, 2000). Dentre os principais problemas inerentes à cultura, destacam-se as podridões do pé e do fruto, causadas por Phytophthora palmivora. A eficiência do controle de patógenos através do uso de cobertura morta tem se apresentado como alternativa viável para diferentes culturas, pois além de funcionar como barreira física contra patógenos, conserva a umidade do solo, controla ervas invasoras, reduz a lixiviação de nutrientes e desenvolve a microbiota antagonista (Zauza et al., 2001).

METODOLOGIA:
Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia e casa de vegetação da Unidade Centro de Ciências Agrárias (CECA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – Campus Delza Gitaí, em Rio Largo - AL, durante o período de Agosto de 2006 a Julho de 2007. Foram comparados cinco tratamentos: ramos e folhas de bambu, rasca de mandioca, folhas de mamão, bagaço de cana e solo descoberto. O material foi posto para secar ao ar livre, em seguida, triturado em forrageira e colocado em vasos de 500mL formando uma camada de 5 cm de espessura sobre o substrato esterelizado em autoclave (fibra de coco + esterco e solo – 1:1:2), infestado com o inóculo do patógeno (40mL/cova). As mudas de mamoeiro cv. Sunrise solo foram transplantadas para os vasos, sendo utilizado quatro mudas por parcela. Trinta dias após o transplantio das mudas, o experimento foi avaliado, determinando-se a incidência e severidade da doença e sobrevivência do patógeno, conforme metodologia descrita por Zauza et. al. (2001). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições.

RESULTADOS:
A aplicação dos tratamentos resíduos de mamão e raspa de mandioca como cobertura morta demonstrou um efeito positivo sobre o controle de P. palmivora, com redução do índice de doença em 50% e 30%, respectivamente. Os tratamentos com bagaço de cana e resíduos de bambu não diferiram da testemunha (solo descoberto), mostrando-se ineficientes no controle da doença, apresentando 100% de mortes das plantas. O tratamento com ramos e folhas de bambu apresentaram sintomas da doença no sexto dia após sua incorporação ao solo, com tombamento de uma plântula de cada parcela. E após trinta dias verificou-se tombamento de todas as mudas da parcela não diferindo da testemunha (solo descoberto).

CONCLUSÕES:
Os resíduos folhas de mamão e raspa de mandioca são coberturas mortas que podem ser recomendadas para o controle de Phytophthora palmivora.

Instituição de fomento: UFAL - CNPQ

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Podridão do pé, Controle, Resíduo orgânico

E-mail para contato: leo_fbarbosa@hotmail.com