60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 5. História - 4. História e Filosofia da Ciência

A DESCRIÇÃO DO ESPAÇO TERRESTRE NOS RELATOS MISSIONÁRIOS NOVO-HISPANOS DO SÉCULO XVI

Márcia Helena Alvim1
Silvia Fernanda de Mendonça Figueirôa1

1. Universidade Estadual de Campinas


INTRODUÇÃO:
Nesta pesquisa analisamos as obras dos franciscanos Toríbio de Benavente, Bernardino de Sahagún e Gerónimo de Mendieta no que se refere ao relato sobre os elementos da superfície terrestre, como mares, rios, montes, serras e vulcões, elaborados na Nova Espanha do século XVI. Acreditamos que estas narrativas inseriram-se no contexto epistemológico europeu do período, estando ainda profundamente relacionadas ao interesse cristão na conversão dos indígenas e na eliminação das idolatrias.

METODOLOGIA:
Análise de fontes documentais novo-hispanas do século XVI.

RESULTADOS:
Elaboração de um estudo das fontes documentais novo-hispanas do século XVI buscando sua conexão com o panorama epistemológico europeu do período e com o trabalho de conversão ao cristianismo das populações indígenas encontradas na América.

CONCLUSÕES:
A narração dos missionários sobre os elementos da superfície terrestre possui um caráter utilitário e providencialista. Em relação ao primeiro, averiguamos nestes textos a tentativa de esclarecerem questões que poderiam perturbar sua sobrevivência no local, como terremotos, vulcanismo e inundações. E, ainda, notamos a intenção evangelizadora, já que buscavam eliminar as idolatrias realizando uma conversão efetiva ao cristianismo. Neste sentido, apresenta-se constante nestes escritos a correlação entre a descrição do mundo natural e as idolatrias indígenas realizadas no período colonial, principalmente, em regiões mais afastadas da cidade do México.



Palavras-chave:  História das Geociências, Histórias missionárias, Nova Espanha, sec. XVI

E-mail para contato: marciaalvim@uol.com.br