60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial

O USO DO SISTEMA COMPIC NO PROGRAMA DE ATENDIMENTO DE PESSOAS COM SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA SENSORIAL

Shirley Rodrigues Maia1
Lília Giacomini1
Vula Maria Ikonomidis2
Sandra R.S. H. Mesquita2
Dalvanise de Farias Duarte1

1. Ahimsa - Associação Educacional para Múltipla Deficiência
2. Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo Deficiente Sensorial


INTRODUÇÃO:
A comunicação consiste no intercâmbio de uma mensagem entre duas ou mais pessoas. A comunicação pode ser expressiva ou receptiva. As crianças que são surdocegas ou apresentam deficiência múltipla sensorial nem sempre poderão utilizar a fala, mas podem expressar-se e receber as mensagens que as pessoas lhes enviam.Através da comunicação as crianças podem realizar trocas em seus mundos particulares. Podem expressar o que querem e o que necessitam, podem tomar decisões, a brincar, aprender sobre o mundo, a relacionar-se com você, fazer tarefas diárias e a trabalhar.Compic é um recurso de comunicação criado e desenvolvido na Austrália. Não se baseia em ler a palavra escrita, ouvir ou falar uma palavra. Ao invés disso, é uma biblioteca de desenhos claros e de fácil compreensão, chamados pictogramas, que contém informações. Os símbolos do COMPIC tem sua apresentação visual próxima ao desenho de contorno, o que permite aos surdocegos e aos deficientes múltiplos sensoriais que apresentam baixa visão mais condições de reconhecimento. O Compic pode ser usado por criança, jovens e adultos, em diferentes ambientes, são acessíveis através de recursos impressos ou no computador.

METODOLOGIA:
O uso do Compic pela equipe da instituição foi organizado após a visita de uma escola de surdocegos e deficientes múltiplos em Londres em 1997. Nesta visita recebemos os arquivos impressos dos símbolos do COMPIC,foi realizado a tradução e solicitado autorização do uso das figuras ao centro da Austrália.Esses estudos foram importantes para definirmos em 1999, que iríamos tentar com as pessoas surdocegas e com as pessoas com deficiências múltiplas sensoriais a utilização do COMPIC. A principio foram utilizados os símbolos junto aos objetos de referência, fotos de: ambientes, pessoas, atividades e a sinais de LIBRAS.Foram organizados cadernos de comunicação com registros das ações e o uso dos símbolos, ao verificarmos que alguns alunos começaram entender e a procurar os símbolos para expressar e solicitar o que queriam.Para alguns alunos utilizamos as cartelas no alto contraste branco com preto, pois favorece a percepção visual dos alunos que apresentam retinose pigmentar e os alunos que tinham associados problemas motores e neurológicos e para os alunos que apresentavam seqüelas de rubéola foi utilizado o contraste azul com amarelo e aos alunos que não apresentavam problemas visuais foram utilizados as cores por categoria.Utilizamos as cores do método integral de Oscar Oñativia.

RESULTADOS:
Após esses registros verificamos que os alunos estavam se comunicando com maior eficiência em todos os ambientes que participavam, bem como alguns começaram o processo de alfabetização e escrita. Organizamos um programa no computador de calendário, caderno de comunicação e exercícios, registros temáticos. A criação do programa para uso no computador foi organizada com os seguintes critérios:Promover atenção e concentração;Ampliar a comunicação;Desenvolver interação;Promover competências para o uso da informática;Construir dicionários;Contar de histórias A partir desta construção os alunos poderiam utilizar os arquivos e organizar seus trabalhos. Visando ampliar o trabalho com outros alunos passamos utilizar nas adequações de ambiente e simbolização da escola, passamos a utilizar em conjunto com sinais de LIBRAS, Braille, foto, objeto de referência e etc

CONCLUSÕES:
O uso do Compic favoreceu a inclusão na escola regular de alunos com deficiência múltipla sensorial –auditiva/surdez e alunos surdocegos na escola especial de surdos



Palavras-chave:  tecnologia assistiva(comunicação alterna, surdocegueira e deficiência múltipla sen, inclusão

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