60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)

AS PRÁTICAS DOCENTES NA ALFABETIZAÇÃO: OLHARES NA SALA DE AULA

Vanessa DORNELES1, 3
Tásia Fernanda WISCH1
Elisete SILVEIRA1
Tatiane Cristine FROELICH1
Francine de Bem ROSSI1
Doris Pires Vargas BOLZAN1

1. Universidade Federal de Santa Maria
2. Orientador
3. Bolsista PIBIC
4. Bolsista FAPERGS


INTRODUÇÃO:
Este trabalho refere-se a um projeto de pesquisa interinstitucional e integrado, desenvolvido no período de 2003 e 2007 pelo Grupo de Pesquisa: Formação de professores e práticas educativas no ensino básico e superior (GPFOPE), o qual visava à exploração das construções infantis em classes de alfabetização inicial, assim como, proporcionou a reflexão dos professores sobre suas concepções e suas práticas acerca da leitura e da escrita, propiciando novas alternativas de ensino e de aprendizagem em classes de alfabetização. O projeto em questão propiciou o intercâmbio da diversidade de vivências e saberes docentes, bem como, possibilitou momentos de reflexão sobre os mesmos, seja em âmbito escolar ou nos encontros para reflexão teórica, realizados pelo GPFOPE. Dessa forma, o estudo proporcionava experiências enriquecedoras ao processo de formação inicial e continuada dos participantes. Além disso, buscou-se, através desta pesquisa, conhecer as compreensões sobre a língua escrita presentes nas turmas acompanhadas com o intuito de construir e produzir atividades diversificadas que venham a corroborar para o avanço no processo de construção da leitura e da escrita dos estudantes.

METODOLOGIA:
O estudo - consolidado em diferentes contextos escolares do município de Santa Maria, propondo um trabalho formativo dinâmico e desafiador - contava com a participação das acadêmicas do Curso de Pedagogia, da Especialização em Gestão Educacional e do Mestrado em Educação e com a orientação de professoras da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da UNIFRA. Para que os objetivos da pesquisa fossem alcançados, o estudo era organizado e desenvolvido de acordo com as seguintes etapas: acompanhamento de classes de alfabetização através de observações participantes com base em estudos de desenho etnográfico, discussão e reflexão acerca dos dados obtidos, produção de jogos e atividades para a dinamização dos circuitos de atividades diversificadas, implementação destas atividades nas escolas colaboradoras e registro e análise dos achados de pesquisa coletados nas escolas. É relevante salientar que a pesquisa desenvolvia-se de forma que a prática educativa jamais se dissociasse da reflexão e do estudo teórico, pois ambos eram complementos em todos os momentos do trabalho.

RESULTADOS:
A constante reflexão do professor sobre o seu fazer pedagógico é essencial para que ocorra a compreensão da leitura e da escrita, pois, como afirma Góes (1984, p. 06) “A escola é a instituição que deve oferecer condições para sistematização e concretização desta aprendizagem”. Com isso, compreende-se que os professores têm importante papel como mediadores do processo de alfabetização. Cabe a eles refletir sobre as possibilidades de intervenção que propiciem às crianças avançarem em suas hipóteses sobre a leitura e a escrita, avaliando permanentemente as formas de organização pedagógica que produz no cotidiano de sala de aula. Com relação a esse aspecto, observou-se que muitos professores, percebendo a necessidade de mudar suas práticas educativas, encontravam, no referido projeto, um referencial para a busca de subsídios para o seu repensar pedagógico.

CONCLUSÕES:
Com o desenvolvimento dos circuitos de atividades lúdicas nas turmas de alfabetização, percebeu-se que os professores regentes dessas classes motivaram-se a inovar em sala de aula proporcionando mais atividades que estimulem a resolução de situações problemas a partir da utilização de material lúdico. Pode-se afirmar, assim, que as trocas de experiências entre os acadêmicos em formação e os professores dos Sistemas de Ensino representam uma oportunidade formativa que valoriza a relação teoria e prática e faz com que o repensar sobre as propostas metodológicas seja um fator preponderante. Percebeu-se, ainda, grandes contribuições do estudo às professoras que participavam das reuniões do GPFOPE, que retornando, assim, para a Universidade, participavam de um processo formativo contínuo no qual buscava-se compreender a práxis que sustenta suas ações pedagógicas, permitindo o redimensionamento das práticas de alfabetização que desenvolvem cotidianamente. Acredita-se, portanto, que pesquisas dessa natureza são fundamentais, pois através delas é possível avançar na direção da construção de alternativas pedagógicas capazes de maximizar as práticas alfabetizadoras na escola, além de produzirem-se espaços de compartilhamento e produção de saberes e fazeres dos professores.

Instituição de fomento: CNPq e FAPERGS

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Formação de professores, práticas alfabetizadoras, lecto-escrita

E-mail para contato: vanessadorneles86@yahoo.com.br