60ª Reunião Anual da SBPC




A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 10. Geociências

EROSÃO HÍDRICA DOS SOLOS EM FUNÇÃO DA GRANULOMETRIA NO ANTIGO PORTO DA EMPRESA AMAZONENSE DE DENDÊ (EMADE) NO MUNICÍPIO DE TEFÉ – AMAZONAS

Tiago Barbosa Pereira1
Heliandro Cordovil da Silva2
Mirela Cristina de Oliveira3
Luciana Camargo de Oliveira4
Ézio Sargentini Junior5

1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA) / CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE TEFÉ
2. Prof. Dr. - Departamento de Química - UEA / CEST - orientador
3. Profª. MSc. - Departamento de Química - UEA / CEST - co-orientador
4. Instituto de Química UNESP - Araraquara
5. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA


INTRODUÇÃO:
É necessário compreender melhor o solo devido à sua importância para os seres vivos, especialmente o homem, pois a humanidade depende de solos continuamente produtivos, assim como depende de ar e águas puros para que possa viver. O solo quando desprovido de sua vegetação natural fica exposto à erosão hídrica, que o transporta pelas enxurradas, causando grande prejuízo ambiental e econômico. Os principais fatores que contribuem para o processo erosivo são: clima da região, propriedade dos solos, declividade do terreno, cobertura vegetal e manejo do solo. A interação e intensidade desses fatores irão determinar o grau de erosão. A maior ou menor suscetibilidade de um terreno à erosão pela água depende principalmente do tipo de solo. As propriedades texturais do solo, ou seja, a sua distribuição em areia, silte e argila podem ser obtidas através de análise granulométrica. Este trabalho teve como objetivo analisar a composição granulométrica de amostras de solo no antigo porto da Empresa Amazonense de Dendê (EMADE) situado na região leste do Município de Tefé-Amazonas.

METODOLOGIA:
As amostras de solo da exposição do afloramento causado pela construção da estrada do antigo porto da EMADE, foram coletadas em setembro de 2007. As amostras são referentes a três pontos de amostragem e perfis com quatro horizontes (0 – 0,20 m; 0,20 – 0,40 m; 0,40 – 0,60 m; e 3 m). Após a homogeneização retirou-se uma subamostra composta de 0,5 kg que passou a ser utilizada para as análises. As amostras foram preparadas de acordo com a literatura. Utilizou-se o método de peneiramento associado ao método de pipetagem (Lei de Stockes).

RESULTADOS:
De acordo a classe de textura da EMBRAPA, os estudos realizados sobre a granulometria do solo no antigo porto da EMADE no município de Tefé-AM, classificaram a textura do solo como média, ou seja, o solo tem índice médio de erodibilidade no local onde está ocorrendo a erosão intensa, isso implica que existe outros fatores associados à granulometria (textura) do solo no avanço da erosão hídrica no local. O solo na profundidade de 0 – 0,20 m é argiloso, o que lhe confere boa resistência à erosão, porém essa camada não existia no local quando a erosão começou, uma vez que a mesma foi removida para a construção da estrada. Na profundidade de 0,20 – 3,0 m à medida que se aprofunda no perfil do solo a quantidade de argila vai diminuindo e a quantidade de silte e areia tende a aumentar, fazendo com que o solo perca a sua resistência à erosão em função da profundidade. Por tanto quanto mais profundo estiver no perfil, mais vulnerável será o solo à erosão hídrica, tendo como parâmetro a granulometria.

CONCLUSÕES:
O perfil de superfície do solo é resistente a erosão hídrica, porém para a construção do antigo porto da EMADE – AM, esse perfil foi retirado. O teor de argila diminui com o aumento da profundidade. O contrário ocorreu com o teor de silte. Para o teor de areia observou-se uma tendência a aumentar em função da profundidade. Observou-se que a falta de cobertura vegetal na área infere no processo de erosão.

Instituição de fomento: FAPEAM

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Erosão, Análise granulométrica, Rio Solimões

E-mail para contato: hcordovil@uea.edu.br