60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica progressiva com caráter degenerativo e caracterizada pela perda dos neurônios dopaminérgicos da parte compacta da substância negra, situada nos núcleos da base. Os sinais/sintomas da DP são o tremor de repouso, a rigidez, a bradicinesia e a instabilidade postural, comprometendo o sistema motor. As ações motoras destes pacientes são afetadas por estes sinais/sintomas e, conseqüentemente, a capacidade de movimentar-se normalmente e independentemente diminui. A atividade física é um dos aspectos fundamentais na prevenção, manutenção e/ou melhora das funções motoras e psicológicas. Recentemente, diversos estudos têm encontrado efeitos positivos do exercício físico em indivíduos com DP, tanto para aspectos motores quanto psicológicos e sociais. O objetivo deste estudo foi investigar o efeito de um Programa de Atividade Física Generalizada (PAFG) nos componentes da capacidade funcional, força e coordenação, em indivíduos com DP.

METODOLOGIA:

Participaram deste estudo 13 indivíduos com diagnóstico clínico da DP Idiopática avaliados por um especialista da área e que estão em tratamento medicamentosos do quadro. Todos os pacientes foram avaliados pré e pós-treinamento com os seguintes instrumentos: a) Teste de Coordenação; b) Teste de Força para membros superiores. Ambos da bateria de testes para idosos da AAHPERD. Ao término das avaliações iniciais propostas, os participantes foram submetidos ao PAFG desenvolvido e aplicado por profissionais de Educação Física, realizado nas dependências do Departamento de Educação Física da UNESP/Rio Claro. Este programa tem como objetivo trabalhar capacidades funcionais, funções cognitivas, postura e locomoção. O PAFG foi realizado em 3 sessões semanais, com duração de uma hora por sessão por um período de 6 meses. Os resultados foram analisados por meio de Teste t pareado adotando um nível de significância de p<0,05.

RESULTADOS:

A análise estatística evidenciou diferenças significativas para a variável coordenação (t12 = 2,533; p = 0,026) e força (t12 = -4,137; p = 0,001).

CONCLUSÕES:

A partir destes resultados, pode-se concluir que a prática de atividade física regular pode ser considerada um importante fator na melhora das atividades que envolvam movimentos coordenativos e que exigem força muscular. Através do PAFG, os pacientes com DP foram capazes de melhorar os componentes da capacidade funcional (coordenação e força) em adição à terapia medicamentosa. Para os indivíduos com DP, a melhora destas capacidades contribui para a manutenção e a independência para a realização das atividades da vida diárias.

Instituição de fomento: CNPq, FAPESP, FINEP, FMS/MS

Palavras-chave: Doença de Parkinson, Coordenação e Força, Atividade Física

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