60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências

AS CONTRIBUIÇÕES DA CIÊNCIA COGNITIVA NA VISÃO DE JOÃO DE FERNANDES TEIXEIRA PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS

Elisângela Silva de Oliveira1, 2
Evandro Ghedin1, 2

1. Universidade do Estado do Amazonas/UEA
2. Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia


INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem como objetivo explicar o que é a ciência cognitiva, na visão de João de Fernandes Teixeira, sua contextualização histórica, as características de sua abordagem na relação com outras ciências como a filosofia, a psicologia, a lingüística, a antropologia, a inteligência artificial, a neurociência e agora mais recentemente, a robótica, apresentando as contribuições deste filósofo da mente e as implicações da ciência cognitiva para o ensino de ciências. A relevância deste estudo está em promover uma reflexão sobre como o sujeito cognoscente aprende, como é pensada a aprendizagem do educando, e como os avanços da ciência cognitiva podem auxiliar na formação de professores, no ensino de ciências contribuindo na realidade pedagógica.

METODOLOGIA:
A presente investigação foi elaborada a partir de pesquisa bibliográfica, leitura e fichamento das obras estudadas, tendo em vista a necessidade de compreender as contribuições da Ciência Cognitiva, na visão de João de Fernandes Teixeira para o Ensino de Ciências. Este trabalho de pesquisa, em seu todo, está organizado em três partes que discutem: (1) a contextualização da ciência cognitiva mostrando os eventos que marcaram o seu surgimento, sua definição e características; (2) as contribuições do filósofo da mente João de Fernandes Teixeira sobre a ciência cognitiva e (3) o ensino de ciências e o desenvolvimento da ciência cognitiva. A partir dessa dinâmica, procuramos refletir sobre a importância dos avanços desta ciência para a formação de professores no ensino de ciências na Amazônia.

RESULTADOS:
A presente pesquisa nos permitiu elaborar e compreender, a partir da contextualização histórica a ciência cognitiva. A busca humana pelo conhecimento, a curiosidade e a forma como o ser humano constitui-se pelo saber e por poder saber é algo que sempre instigou filósofos e pesquisadores das ciências. Desde a descoberta da máquina de Turing, aos avanços ocorridos na década de 90 que ficou conhecida como a década do cérebro, muitas descobertas aconteceram. Porém, para que a ciência cognitiva se institucionalizasse como ciência foi necessário que se apoiasse em um projeto interdisciplinar, fundamentado na filosofia, na psicologia, na lingüística, na antropologia, na inteligência artificial, na neurociência e agora mais recentemente, na robótica. Para Teixeira (Filosofia e ciência cognitiva. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004) a ciência cognitiva é uma ciência do artificial, cuja tarefa principal é desenvolver simulações de atividades mentais humanas e tem um duplo caráter: de um lado, a investigação empírico-formal e de outro se constitui em um verdadeiro trabalho de engenharia ao construir os meios que simulem os fenômenos mentais, testando com isso os dados e pressupostos das teorias psicológicas.

CONCLUSÕES:
Com a realização do estudo observou-se que a preocupação dos cientistas cognitivos em saber como acontece o funcionamento das atividades mentais humanas têm resultado em uma ampla produção que não só tem verificado como o ser humano conhece, mas também, desenvolvido máquinas que ajudam a conhecer, ou pelo menos servem como mediadoras na ação do conhecimento. Tanto em seu aspecto teórico, quanto prático é de suma importância a valorização dos avanços da ciência cognitiva nos cursos de formação de professores para o ensino de ciências, a fim de que a utilização de suas descobertas possa melhorar a prática pedagógica. Os estudos nos permitem concluir que, os avanços da ciência cognitiva podem favorecer o ensino de ciências, no sentido de que a busca na parceria com outras ciências possibilita um conhecimento mais completo sobre como o ser humano conhece, de que maneira o professor pode utilizar essas descobertas para potencializar a aprendizagem do educando, uma vez que, o papel das teorias é fornecer subsídios para análise e investigação propiciadoras de questionamentos das práticas institucionalizadas.

Instituição de fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM.



Palavras-chave:  Ciência Cognitiva, Formação de Professores, Ensino de Ciências

E-mail para contato: elis-so@hotmail.com