60ª Reunião Anual da SBPC




E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo

DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA E CARBONO ORGÂNICO EM AMOSTRAS DE FORRAGENS – FAZENDA ORNELA (MUNICÍPIO DE CAPITÃO POÇO/PA)

Erika Kzan da Silva1
Carlos Augusto Cordeiro Costa2

1. Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA
2. Orientador/Professor Dr. do ISARH/UFRA
3. Bacharel em Administração, Empresário da Área de Forragem; Professor Colabora


INTRODUÇÃO:
A matéria orgânica do solo e dos resíduos vegetais como forragens, pode ser dividida em dois grandes grupos: fração não-humicada, representada pelos restos de origem animal e vegetal não decompostos e pelos compostos orgânicos com categoria bioquímica definida (proteínas, açúcares, etc), e outro grupo formado pelas substâncias humificadas, que se dividem em três categorias mais evidentes: humina, ácido húmico e ácido fúvico, produtos de intensa transformação dos resíduos orgânicos pela biomassa e polimerização dos compostos orgânicos até macromoléculas resistentes a degradação biológica (Santos e Camargo, 1999). Este processo de decomposição, promovidas por milhões de microorganismos do solo que têm na matéria orgânica in natura sua fonte de energia, nutrientes minerais e carbono e um dos seus produtos é a matéria orgânica decomposta. Com base nisto, o trabalho de determinação do teor de matéria orgânica e carbono orgânico em amostras de forragens coletadas na Fazenda Ornela no município de Capitão Poço/PA, o estudo foi desenvolvido no Laboratório de Húmus e Ecologia Química (LHEQ), com o objetivo de estudar o comportamento de diferentes forragens em ambiente com e sem adubação química.

METODOLOGIA:
O material foi colhido em 19 piquetes localizados em área sem adubação (A) e áreas adubadas com arade (B). As forragens utilizadas foram Panicun maximum (Mombaça), referente aos piquetes numerados de 1, 5 e 9, Brachiaria brizantha (Marandú), piquetes 2, 4, 6 e 8 e Stylosanthes (Campo Grande), piquetes 3 e 7. O primeiro procedimento analítico foi a separação por peneiração das amostras secas para classificar a granulometria, feito isto, foram iniciados os procedimentos de determinação de Matéria Orgânica (MO) e Carbono Orgânico (C org.), essa análise de MO e C org. se deu pelo método Walkey-Black (Jackson, 1986).

RESULTADOS:
Foram obtidos os seguintes resultados levando-se em consideração respectivamente; MO (g.Kg-¹) e C org. (g.Kg-¹), as amostras utilizadas segundo identificação foram: 3A (Campo Grande) – 8,523/4,955, 1B¹ (Mombaça) - 4,06/2,361, 5A (Mombaça) - 5,038/2,929, 1B² (Mombaça) - 4,878/2,836, 7B (Campo Grande) - 6,218/3,615, 2B (Marandú) - 6,003/3,49, 4B (Marandú) - 4,717/2,742, 8B (Marandú) - 4,931/2,867, 9A (Mombaça) - 6,579/3,825, 3B (Campo Grande) - 6,941/4,035, 8A (Marandú) - 6,231/3,623, 7A (Campo Grande) - 4,703/2,734, 9B (Mombaça) - 5,025/2,922, 2A (Marandú) - 4,114/2,392, 5B (Mombaça) - 4,208/2,446, 6B (Marandú) - 3,363/1,955, 1A (Mombaça) - 3,51/2,041, 4A (Marandú) - 3,363/1,955, 6A (Marandú) - 3,792/2,205.

CONCLUSÕES:
Com os resultados obtidos, conclui-se que todas as amostras possuem um bom teor de matéria orgânica e carbono orgânico. No entanto, levando-se em consideração os valores médios (g.Kg-¹) alcançados para matéria orgânica e carbono orgânico em piquetes com adubação e sem adubação, que foram respectivamente de: Mombaça (4,57/2,66; 05,04/2,93), Marandú (4,75/2,76; 4,37/2,54) e Campo Grande (6,58/3,82; 6,61/3,84), observa-se que Campo Grande e Mombaça obtiveram um melhor rendimento em áreas sem adubação. Já Marandú em áreas com adubação tivemos uma maior concentração de matéria orgânica e carbono orgânico. Com isso conclui-se que Mombaça e Campo Grande possuem uma exigência nutricional menor para o desenvolvimento, do que a forragem Marandú.

Instituição de fomento: Fazenda Ornela e UFRA

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Matéria Orgânica, Carbono Orgânico, Forragens

E-mail para contato: kika_kzan@hotmail.com