60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem

CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE QUILOMBOLA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBO NA INTERFACE COMUNIDADE-ESCOLA

Aline Rodrigues Vitorino1, 2, 3
Eva Aparecida Silva1, 2, 5
Benjamin Xavier de Paula1, 2, 6
Raquel Ferreira de Figueiredo1, 2, 4

1. Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UFVJM - NEAB/UFVJM
2. Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas e Exatas da UFVJM - FACSAE/UFVJM
3. bolsista
4. IC
5. Orientador
6. Co-Orientador


INTRODUÇÃO:
No território brasileiro existem aproximadamente 3.224 quilombos (segundo a SEPPIR, Secretaria Espacial de Promoção da Igualdade Racial), comunidades negras rurais, que nos anos 80 ganha nova conotação, à medida que passa a “remanescente de quilombo”, ou seja reminiscência ou resquício histórico dos antigos quilombos. Nossa pesquisa tem como objetivo compreender a (re)construção da identidade quilombola de crianças ( de 7 a 10 anos) a adolescentes ( de 11 a 14 anos) das comunidades do Vale do Mucuri, particularmente a comunidade de São Julião, localizada aproximadamente a 83 km de Teófilo Otoni (MG); e Cama Alta localizada aproximadamente a 45 km desta mesma cidade.

METODOLOGIA:
A pesquisa trata-se de um estudo de caso e tem como base a metodologia da história oral, considerando os sujeitos integrantes representativos de uma determinada história social, de uma coletividade objetiva.

RESULTADOS:
Estão sendo realizados entrevistas com crianças, adolescentes e adultos, ordenadas por roteiro previamente construído, gravadas em várias sessões e, posteriormente transcritas. Além das anotações em caderno de campo que são igualmente importantes na coleta de dados em todas as etapas e, particularmente, na coleta dos depoimentos, posto que permitem recompor os gestos, as emoções, as impressões da equipe de pesquisa. Percebemos que, nestas comunidades, há um processo educativo desenvolvido por meio da socialização, transmissão dos saberes e práticas necessárias á continuidade da comunidade, de geração em geração, este processo verifica-se presente nos espaços de sociabilidade da comunidade, respeitando-se e valorizando-se as experiências vividas no cotidiano das relações sociais. Nas escolas, entretanto, o processo educativo tem sido apenas ensino. Não que estes saberes sejam desnecessários, pelo contrário, mas dever-se-ia também levar em conta os saberes da experiência, ou seja, a bagagem cultural que já trás o aluno ao transpor os muros da escola.

CONCLUSÕES:
Tendo em vista os vários aspectos apontados na pesquisa, tornou-se relevante compreender o processo educativo vivenciado pelas crianças e adolescentes das comunidades remanescentes de quilombo em espaços distintos de construção de suas identidades (negras, rurais, etc.) – na própria comunidade e sociedade, especificamente na escola por elas freqüentadas, preocupação esta que, constitui-se, neste momento, o foco do nosso trabalho.

Instituição de fomento: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Educação e Relações Raciais, Identidade Quilombola, Afro-brasileiros

E-mail para contato: line_vitorino22@hotmail.com