60ª Reunião Anual da SBPC




A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 3. Química Analítica

ANÁLISE ESPECTROFOTOMÉTRICA QUANTITATIVA DE DIPIRONA USANDO REAÇÃO COM ÁCIDO CROMOTRÓPICO CATALISADA POR FE +3

Adriane C. Biondo1
Matthieu Tubino1
Marta M.D. C. Vila2

1. 1Instituto de Química, UNICAMP
2. 2Curso de Farmácia, Universidade de Sorocaba -UNISO


INTRODUÇÃO:
A dipirona (ácido 1-fenil-2,3-dimetil-5-pirazolona-4-metilaminometanossulfônico) é uma substância usada em medicamentos por suas atividades analgésicas e antipiréticas para casos de tratamento de dores agudas e crônicas. Surgiu no Brasil em 1922 sendo introduzida pela indústria farmacêutica alemã Hoechst com o nome de Novalgina. Está presente no mercado mundial, em mais de 100 países, há mais de oitenta anos. A dipirona é considerada o principal analgésico da terapêutica brasileira em função da sua eficiência, custo baixo e fácil acessibilidade por não necessitar de receituário médico para sua aquisição. Por isso inúmeros métodos são desenvolvidos para a determinação e quantificação de dipirona em medicamentos. Entretanto existe a necessidade de metodologias analíticas mais rápidas e simples, que facilitem a fiscalização da qualidade de medicamentos. Deste modo, o objetivo desse trabalho é o desenvolvimento de um método espectrofotométrico quantitativo simples e de baixo custo para determinação de dipirona e comparação com método oficial descrito na Farmacopéia Brasileira.

METODOLOGIA:
O método desenvolvido nesse trabalho consiste na reação entre dipirona e ácido cromotrópico em presença de ácido sulfúrico, catalisada por Fe+3, resultando na formação de uma espécie de coloração violeta. De início é feito um teste qualitativo para observação visual da formação da coloração violeta e, em seqüência, medida espectrofotométrica.

RESULTADOS:
Condições estabelecidas: lambda max 576 nm; relação de 1:10 dipirona/ácido cromotrópico e de 1:5 ácido cromotrópico/ácido sulfúrico; solução de cloreto férrico de 0,1 mol L-1 como catalisador; curva de calibração: A=0.15+110C (r=0,999) entre 1,0 × 10-3 mol L-1 a 6,0 × 10­-3 mol L-1/ onde A = absorbância e C = concentração; O limite de detecção 1,4 × 10-4 mol L-1 ; limite de quantificação 4,5 × 10-4 mol L-1; limite de detecção visual, para efeitos qualitativos 5 × 10-6g de dipirona na amostra. Para a comparação dos resultados obtidos com o método proposto com aqueles do método oficial foi usado o teste estatístico t de Student, observando-se boa correlação.

CONCLUSÕES:
Levando em conta os objetivos almejados nesse trabalho e os resultados obtidos, pode-se concluir que o método espectrofotométrico desenvolvido se mostrou adequado para a determinação de dipirona em formulações farmacêuticas. Além de apresentar boas precisão e exatidão, é um método de rápida execução, simples e de baixo custo podendo ser realizado em laboratórios que não apresentem muitos recursos instrumentais.

Instituição de fomento: CNPq, FAPESP

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Dipirona, catalisador, determinação

E-mail para contato: g058543@iqm.unicamp.br