60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

Com o advento das inovações da vida moderna a expectativa de vida vem aumentando em todo o mundo. Nesse sentido, o desenvolvimento de estudos acerca dessa temática adquire fundamental importância para contribuir com a melhoria da qualidade de vida na terceira idade. O desafio do século será cuidar de uma população na qual as projeções indicam que num período de 70 anos (1950 a 2020), enquanto a população brasileira estará crescendo cinco vezes, o grupo dos idosos estará se ampliando 16 vezes e experimentando uma alta prevalência de doenças crônicas e incapacitantes. Dentro desse contexto, observa-se que as doenças crônicas do aparelho respiratório constituem-se como terceira causa de mortalidade no Brasil. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é definida pela presença de obstrução, ou limitação do fluxo aéreo, a presença de bronquite ou enfisema. Está diretamente relacionada á inalação de partícula e/ou gases tóxicos, sobretudo à fumaça de cigarro. A DPOC é um importante problema de saúde pública, pois apresenta altos índices de morbidade e mortalidade. Teve-se por objetivo entender a qualidade de vida dos idosos portadores de DPOC no município de Campina Grande, PB.

METODOLOGIA:

Esse trabalho está vinculado com uma pesquisa maior, denominada “Avaliação da qualidade de vida de idosos portadores de doenças crônicas: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica”, aprovada em edital do MS/CNPq/FAPESQ. Trata-se de um estudo transversal, de tipo exploratório com abordagem quanti-qualitativa. O estudo foi realizado com idosos, de idade igual ou superior a 60 anos, diagnosticados como portadores de DPOC e residentes na cidade de Campina Grande, Paraíba. Como instrumentos foram utilizados o Questionário de Qualidade de Vida do Hospital Saint George na Doença Respiratória (SGRQ), um questionário sócio demográfico e uma entrevista semi-estruturada. As entrevistas foram transcritas, categorizadas em temas e analisadas. O questionário sócio demográfico foi analisado em porcentagem e média, e o SGRQ segundo valores numéricos pré-estabelecidos.

RESULTADOS:

Os resultados foram obtidos numa amostra de 14 idosos portadores de DPOC. Os dados obtidos através do SGRQ apontam para uma perda na qualidade de vida dos idosos entrevistados. Dos conteúdos apreendidos pelas entrevistas realizadas podemos destacar: 71,4% dos entrevistados alegam que a DPOC os impede de realizar algo na sua vida, seja em qualquer grau (“impede muito”, “impede” e “impede pouco”); 42,8% dos participantes alegam que a vida está “pior” depois do diagnóstico, e 28,5% alegam que a doença impõe limitações. Essas queixas podem estar relacionadas às estratégias de combate da doença. Apenas 14,2% dessa amostra combina o tratamento farmacológico com atividades físicas.

CONCLUSÕES:

Seja com significado negativo ou impondo limitações, a doença interfere na vida desses idosos, o que pode estar relacionado com a forma de combate da doença. Tratando-se de uma doença crônica do sistema respiratório, é de fundamental importância a realização de exercícios físicos juntamente com o tratamento farmacológico. Entende-se que será preciso aumentar o número de participantes para subsidiar melhor a avaliação da qualidade de vida com vistas a estruturação de um projeto de intervenção futuro voltado para a reabilitação desses idosos.

Instituição de fomento: FAPESQ - CNPq - PIBIC/UEPB

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: Qualidade de Vida, Idoso, DPOC

E-mail para contato: dany.lilith@gmail.com