60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)

O ENSINO DE FÍSICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES: A AUTONOMIA NECESSÁRIA

Maria Amélia Monteiro1
Roberto Nardi2

1. Doutoranda Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência - UNESP
2. Prof. Dr. - Depto de Educação - Faculdade de Ciências - UNESP/Bauru - Orientador


INTRODUÇÃO:
Desde a década de sessenta do século XX, alguns pesquisadores vêm requerendo a inserção da Física Moderna e Contemporânea na educação básica. Esta linha de entendimento difundiu-se e tornou-se uma tendência internacional e as defesas para esta proposição também se alargaram, as quais contemplam desde a motivação dos estudantes até a defesa de uma educação científica e tecnológica em uma perspectiva crítica. Uma evidência da tendência de inserção da Física Moderna e Contemporânea na educação básica é o crescente número de pesquisas existentes na literatura específica, seja em relação a formação dos professores, em relação as experiências educacionais, propostas metodológicas, bem como em relação as próprias necessidades de que estes conteúdos sejam inseridos na educação básica. A nossa principal intenção nesta pesquisa é investigarmos em que perspectiva teórica os licenciandos em física de uma universidade pública brasileira estão sendo formados em relação ao ensino da Física Moderna e Contemporânea na educação básica.

METODOLOGIA:
Participaram da nossa investigação seis licenciandos em física, os quais estavam na última semana do curso. Os mesmos participaram individualmente de uma entrevista semi-estruturada, as quais formas gravadas em áudio. Para a realização das entrevistas e a construção dos discursos nos apoiamos na analise de discurso de linha francesa, nos referenciais de formação de professores da perspectiva crítica, bem como nos referenciais da história da ciência.

RESULTADOS:
As análises dos discursos dos licenciandos evidenciam a ausência de autonomia dos mesmos em inserirem conteúdos da Física Moderna e Contemporânea na educação básica, apesar dos mesmos terem tido formação específica em relação aos conteúdos.

CONCLUSÕES:
Entendemos que a aparente ausência de autonomia dos professores em inserirem conteúdos da Física Moderna e Contemporânea na educação básica deve-se a formação dos mesmos ter ocorrido na perspectiva da racionalidade técnica. Com isso, sugerimos que os próprios cursos de formação de professores de física atentem ao que sugerem as pesquisas em educação nas ciências.

Instituição de fomento: CNPq



Palavras-chave:  Formação de Professores, Ensino da Física Moderna e Contemporânea, Análise de Discursos

E-mail para contato: amelia@fc.unesp.br