60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

Atualmente os equipamentos utilizados para verificação de água no leite e a correspondente detecção de fraudes são um tanto quanto arcaicos. Ou seja, em geral são equipamentos pouco eficientes, grandes, que necessitam de mão de obra especializada, só funcionam conectados a rede elétrica, necessitam ser calibrados, e em alguns casos são extremamente caros. Em geral controlam o ponto de fusão ou a densidade das amostras de leite, e além de possuírem os inconvenientes já citados, ainda assim, não são a prova de fraudes. Com o intuito de solucionar tais inconvenientes, estamos desenvolvendo tal projeto, através do qual verificamos adulterações no leite, monitorando a sua condutividade elétrica. Através desta técnica simples, eficiente e barata, ambicionamos ser capazes de acusar a presença de possíveis substâncias, como o sal e a soda cáustica, por exemplo, que diminuem o valor nutricional do leite, e que em alguns casos podem ser nocivos à saúde. Além disso, esta técnica nos permitiria medir o percentual de água contido na amostra.

METODOLOGIA:

Em nosso trabalho realizamos uma série de experiências em amostras de leite puro, ou seja, dentro dos padrões exigidos, e em amostras adulteradas com substâncias como sal, soda cáustica e água, que são bastante usadas por fraudadores hoje em dia. Nestas experiências medimos grandezas como a condutividade elétrica. Os dados eram plotados em gráficos para facilitar a análise. De posse dos resultados, nós comparamos os gráficos obtidos a partir de amostras de leite puro, com os outros de leites adulterados estudando assim o comportamento dessas grandezas na presença destas substâncias. Desta forma estamos desenvolvendo um processo para detecção dessas fraudes, e da medição da porcentagem de água em amostras de leite. Para as experiências utilizamos equipamentos como, condutímetro, fontes de tensão alternada, amplificadores (Lock-in) e multímetros.

RESULTADOS:

Os resultados encontrados foram bastante satisfatórios. Os gráficos obtidos a partir de amostras adulteradas divergiram consideravelmente em comparação aos do leite puro. Com isso conseguimos traçar um comportamento típico de cada substância, o que nos auxiliou na proposta de processo. Tanto os estudos acerca da condutividade elétrica do leite quanto às técnicas utilizando o monitoramento da corrente e tensão elétrica, demonstraram que o processo proposto é eficiente para verificação das fraudes mencionadas. Ou seja, somos capazes de distinguir amostras adulteradas, com água, soda cáustica e sal, de amostras puras, utilizando tais técnicas. Para aumentar a confiabilidade dos resultados estamos estudando a possibilidade de utilizar um amplificador de sinais (Lock-in).

CONCLUSÕES:

Diante dos resultados acreditamos ser possível utilizar tais técnicas para verificação de fraudes no leite. Além disso este processo simples poderá ser automatizado deixando-o rápido, eficiente, portátil e barato, podendo quem sabe substituir no futuro os equipamentos atuais.

Instituição de fomento: CNPq e CAPES.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: Leite, Condutividade

E-mail para contato: wesleyfisicaufjf@yahoo.com.br