60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)

INTERNET E EDUCAÇÃO: ILUSTRANDO EXPERIÊNCIAS E INQUIETAÇÕES DE PESQUISA

MARIA DO P SOCORRO NÓBREGA RIBEIRO2
IRLENE DOS SANTOS MATIAS1

1. Centro Federal de Educação Tecnológica-CEFET/AM. Profa. MSc da Gerênci
2. Universidade do Estado do Amazonas.UEA.Profa MSc do Dep. de Turismo


INTRODUÇÃO:
A proposta desse ensaio surgiu da inquietação de professores da pós-graduação lato senso do CEFET-AM, em cursos de formação continuada à medida que necessitavam utilizar recursos tecnológicos como acesso a Internet, enquanto ferramenta formativa e investigativa. O problema residia em saber de que maneira o profissional em educação poderia incorporar a Internet como fonte de estudos e pesquisas. Inegável é a constatação de que durante os últimos anos, muitas transformações afetaram a sociedade, entre as quais as novas tecnologias da informação e da comunicação, comumente chamadas TIC. Essas inovações tiveram aceitação espetacular nos estudantes que cresceram junto com essa revolução tecnológica. O que mais sobressai é a evolução das redes computacionais, entre as quais se encontra a Internet e, sem dúvida, a informação, a pesquisa e o conhecimento serão os conceitos mais alterados nesse processo. Pretendemos expor o significado do computador -multimídia e Internet - como ferramenta indispensável para o profissional da educação. Preocupa-nos também, ver de que maneira poderemos, no ensino superior, incorporar essas tecnologias na formação continuada do e no preparo do novo profissional da educação, seja ele pesquisador ou professor. Na condição de formadores de professores, procuramos discutir que mudanças a sociedade da informação vem impondo ao nosso objeto de estudo, verificando se há mudança na concepção de tempo, espaço, fato e fontes documentais dentro desse novo universo que é o ciberespaço.

METODOLOGIA:
O campo de pesquisa utilizado foi a sala de aula dos Cursos de Especialização em Docência do Ensino Profissional (2004/2006); Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade EJA (2006) e Informática na Educação (2004/2005) do CEFET-AM. Os sujeitos foram os mais de duzentos estudantes com faixa etária, em média de quarenta anos, que buscavam formação continuada como meio de atualização e reflexão da prática pedagógica e ao mesmo tempo compreenderem a importância da TIC como instrumento de aplicação formativa e investigativa. Para a coleta de dados utilizamos como técnica a observação densa, segundo (Bogdan & Bicklen, 1999), principalmente no desenvolvimento das aulas práticas no laboratório de informática, em que os estudantes aplicavam suas habilidades quanto ao uso de multimídia e equipamentos.

RESULTADOS:
Quantificamos as turmas observando o uso do computador - Internet - pelos estudantes, assinalando o momento em que os mesmos utilizavam como ferramenta indispensável a lida do profissional da educação. Por causar estranheza, a máquina desencadeava medo em grande parte daqueles estudantes, muito não tinham o conhecimento básico de uso da máquina, por isso o pavor repentino e o aumento do abismo entre máquina e homem. Os percentuais de estranhamento os inibiam de serem confrontados com o uso do computador e conseqüentemente ao acesso à internet. Dessa forma identificamos que no Curso de Docência do Ensino Profissional, 15% deles tinham conhecimento e domínio sobre a máquina; no Curso de Educação Profissional Técnica de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade EJA, 10% manuseavam a máquina e somente 5% acessavam a internet. No Curso de Informática na Educação o percentual não era tão diferente, 30% manuseavam a máquina desse percentual 50% acessava regularmente a internet. Outro aspecto observado no decorrer do estudo é que os professores de ciências humanas recorrem menos freqüentemente à utilização pedagógica das TIC ao contrário dos professores das ciências exatas.

CONCLUSÕES:
Estamos diante da constatação que o repensar a educação não significa somente lidar com proposta de modernização, mas repensar a dinâmica do conhecimento de forma ampla e, como conseqüência, o papel do educador como mediador desse processo que implica na consideração dos diferentes conhecimentos necessários. É um caminho interdisciplinar e, a integração da tecnologia com o humanismo é indispensável para possibilitar uma mudança. Percebe-se que o processo a percorrer não é novo, mas são novos os meios e formas para percorrê-los. Em síntese, só terá sentido a incorporação de tecnologia na educação escolar, se forem mantidos os princípios universais que regem a busca do processo de humanização, característico caminho feito pelo homem até então.



Palavras-chave:  internet, educação, formação

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