60ª Reunião Anual da SBPC




C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal

EFEITO ALELOPATIA DO EXTRATO DE COPAIFERA LANGSDORFFII NA GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO RADICULAR DE LACTUCA SATIVA E BIDENS PILOSA

Gabriel Silva Daneluzzi1
Valter Henrique Marinho dos Santos1
Lucivane Aparecida Gonçalves2
Renato Boreli Silva2
Luciana Pereira Silva1
Regildo Márcio Gonçalves da Silva1

1. Universidade Estadual Paulista – UNESP
2. Universitário de Patos de Minas - UNIPAM


INTRODUÇÃO:
A alelopatia é responsável pelas interações interespecíficas e intraespecíficas na estabilização e manutenção das diferentes formas de vida. Os testes aplicados em ensaios de avaliação do potencial de substâncias alelopáticas recomendam-se o critério morfológico de germinação, ou seja, emergência da radícula, como primeira abordagem, devendo ser seguido por testes de germinação em solo ou substrato. A literatura científica relata inúmeros exemplos de plantas medicinais com ação alelopáticas quando cultivadas em grande escala ou junto a outras espécies, entre estas espécies está a Copaifera langsdorffii, pois junto a seus exemplares não há ocorrência de indivíduos de sua espécies ou de outra. O presente trabalho tem por objetivo avaliar o potencial alelopático de extrato de diferentes partes vegetativas de C. langsdorffii por meio de medição e acompanhamento do desenvolvimento da radícula de Lactuca sativa (alface) e Bidens pilosa (picão), obtidos durante a fixação da plântula no processo de germinação, constituindo uma avaliação pós-emergente destas espécies na presença dos constituintes do extrato e suas frações.

METODOLOGIA:
As partes vegetativas da C. langsdorffii foram coletadas no cerrado. Após a coleta foram separadas, lavadas e secas em temperatura ambiente. As mesmas foram trituradas para a extração, diretamente com solvente orgânico para realização do ensaio biológico de alelopatia. O bioensaio de alelopatia foi realizado em sementes de L. sativa e B. pilosa por meio do controle da germinação em placa de Petri e papel de filtro, com umidade relativa, temperatura e luminosidade controlada artificialmente em laboratório. O experimento foi DIC, onde placas de Petri foram separadas em grupos experimentais e controle, contendo 50 sementes de L. sativa e 30 sementes em cada placa de B. pilosa, e com três repetições para cada concentração de extrato bruto de cada parte vegetativa de C. langsdorffii e um grupo controle negativo (água). O seguimento evolutivo dos tratamentos foi realizado pela observação, quantificação e monitoramento da germinação das espécies a cada 6 horas, durante 48 horas para avaliação pré-emergente. As sementes germinadas durante e após o período de 48 horas foram acompanhadas pelo método de biometria das radículas com auxílio de um paquímetro digital. Para a avaliação pós-emergente (comprimento da radícula, necrose dos ápices radiculares, fototropismo e região pilífera).

RESULTADOS:
De acordo com as observações do desenvolvimento da radícula todas as concentrações de cada parte vegetativa de C. langsdorffii interferiram no desenvolvimento radicular, sendo que a resposta ao tratamento foi dose/dependente para ambas as sementes testes.

CONCLUSÕES:
Os resultados obtidos demonstram que o extrato de C. langsdorffii apresenta substâncias alelopáticas capazes de interferir na germinabilidade e desenvolvimento radicular de L. sativa e B. pilosa.

Instituição de fomento: UNIPAM e UNESP



Palavras-chave:  Copaifera langsdorffii, alelopatia, germinação

E-mail para contato: gabriel87_ocz@hotmail.com