60ª Reunião Anual da SBPC




C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia

ESTUDO DOS EFEITOS CENTRAIS DO EXTRATO POLAR DE LANTANA CAMARA EM CAMUNDONGOS

Keli Luciane dos Santos Lourenço1
Maria Martha Bernardi2

1. Universidade Presbiteriana Mackenzie - CCBS (IC)
2. Profª. Drª. - Universidade Presbiteriana Mackenzie - CCH (Orientadora)


INTRODUÇÃO:
A Lantana camara L., da família Verbenácea, apresenta vários princípios ativos nas suas folhas e raízes, com propriedades medicinais, tóxicas e repelente para insetos. O princípio ativo tóxico mais importante da Lantana camara é o lantadeno A e B, tendo como órgão alvo o fígado. Trabalho anterior no laboratório estudou os efeitos da exposição de camundongos aos extratos polar e apolar da L. câmara indicando que ambas frações apresentam efeitos centrais depressores, porém a análise química indicou diferenças na constituição química dos extratos (Bevilacqua et al., 2006). Este fato sugere que os efeitos depressores podem ter diferentes origens, ou seja, que em ambas frações possam existir princípios ativos com atividade depressora central porém de natureza diferente. Assim, o presente projeto caracterizou os efeitos centrais do extrato bruto polar de L.câmara.

METODOLOGIA:
Foram utilizados camundongos Swiss fêmeas, pesando aproximadamente 25-30 g mantidos no biotério da Universidade Presbiteriana Mackenzie,alojados em gaiolas de polipropileno (15 por gaiola) e mantidos em unidades isoladas com temperatura, umidade e luz controladas. Água e comida foram fornecidas ad libitum aos animais durante todo procedimento experimental. Os animais foram divididos em 9 grupos (n=10), 3 controles tratados com solução salina à 0,9% e 6 experimentais, tratados com 200 ou 600 mg/kg do extrato polar de L. camara por via i.p.. Inicialmente 1 grupo controle e 2 experimentais (doses de 200 e 600 mg/kg do extrato) foram observados em campo aberto para medida de sua atividade geral em campo aberto. Determinou-se o tempo de efeito do extrato neste modelo tomando-se como base as frequências de locomoção e levantar dos animais. Os demais grupos de animais dos grupos experimentais foram pré-tratados com o extrato polar da planta e submetidos ao labirinto em cruz elevado (modelo animal de ansiedade) a natação forçada (modelo animal de depressão).

RESULTADOS:
Os resultados mostraram 1) redução das freqüências de locomoção e levantar bem como aumento na duração de imobilidade; 2) redução na maior dose do tempo e latência para flutuar no teste de natação forçada ; 3) nenhuma alteração nos parâmetros do labirinto em cruz elevado. Dessa maneira, resultados mostram que o extrato polar de L. câmara reduziu de forma diferencial a atividade geral dos animais no campo aberto e o tempo de flutuar dos animais no teste de natação forçada. Além disto, retardou o início para flutuação neste último modelo. No labirinto em cruz elevado, não promoveu alterações nos diferentes parâmetros observados.

CONCLUSÕES:
Os presentes resultados mostram que o extrato polar de Lantana câmara apresenta princípio(s) ativo(s) com propriedades antidepressivas.

Instituição de fomento: PIBIC Mackenzie

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Lantana câmara, campo aberto, depressão

E-mail para contato: kelli_luci@hotmail.com