60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

O presente trabalho aborda os aspectos considerados como fatores de riscos para o suicídio e analisa o grau de conhecimento do profissional da saúde na orientação ao suicida, tentando compreender a fase da adolescência, uma transição da identidade infantil para identidade adulta, influenciada na consolidação da estrutura básica da personalidade. Esse estudo reflete a falta de capacidade da sociedade adulta como um todo, em lidar com os adolescentes, fato preocupante principalmente em relação aos profissionais de saúde, que muitas vezes não estão preparados para detectar problemas pelos quais os adolescentes estão passando. O suicídio é todo o caso de morte que resulta direto ou indiretamente em um ato autodestrutivo, em que a vitima sabia como produzir esse resultado. Já a tentativa de suicídio engloba todo o ato não fatal, que muitas vezes é para chamar a atenção. A responsabilidade na tentativa ao suicídio é multipessoal e social, pois existem casos em que problemas com a família e a baixa integração social são fatores que predispõe a pessoa ao suicídio. O tema em foco constitui-se em um problema social, já que é sabido que o índice de suicido na adolescência vem crescendo tanto na sociedade brasileira, quanto mundial.

METODOLOGIA:

A análise da produção científica sobre o Projeto:Juventude e Suicídio: um estudo na perspectiva psico-sócio-educacional, inicialmente, baseou-se na consulta bibliográfica de livros, artigos e bases de dados on-line. No segundo momento foram feitas entrevistas com profissionais da saúde: um técnico de enfermagem, um bombeiro, uma enfermeira e um médico. Os equipamentos utilizados foram um gravador para entrevista e documentos pedindo a colaboração do corpo de bombeiros de Barra do Garças/ Mato Grosso, para obtenção de dados sobre o número de tentativas de suicido registrados nessa região.

RESULTADOS:

Observou-se, ainda que parcialmente, que a maioria dos entrevistados não estão aptos a lidar com vítimas que tentaram suicídio, não sabendo distinguir os níveis da gravidade da tentativa de suicídio e quais são os sinais de um comportamento autodestrutivo. Também foi apurado que os referidos profissionais não obtiveram durante sua formação nenhum curso ou disciplina que os auxiliasse a lidar com tais situações.

CONCLUSÕES:

O suicídio é um tema que deveria ser de grande relevância aos profissionais de saúde, principalmente enfermeiros que estão diretamente ligados ao cuidar dessas vítimas, podendo proporcionar-lhes, no ato de cuidar, maior contato humano e possível aumento da auto-estima, explorando assim, várias alternativas para sua recuperação, retirando o desejo de matar e o desejo de morrer. É com base nesses dados que se torna importante o conhecimento mais aprofundado em saber avaliar e ajudar as vítimas que tentaram suicídio. O que observou-se foi a inexistência, na grande maioria das entrevistas, de fundamentos a respeito desse fenômeno, na formação dos profissionais de saúde.

Instituição de fomento: CNPq

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: suicídio, profissionais de saúde, formação acadêmica

E-mail para contato: thymy25@hotmail.com