61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
ENSINO DE CIÊNCIAS E ASTRONOMIA PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Luciana da Cunha Ferreira 1
Josefina Barrera Kalhil 2
Walter Esteves de Castro Junior 3
1. UEA - CDF
2. UEA
3. UFAM - CDF
INTRODUÇÃO:

Quando os livros didáticos abordam o sistema solar, geralmente mostram um esquema que se constitui pelo Sol e planetas, sendo que não estão em escala os diâmetros do Sol e dos planetas e nem tão pouco as distâncias dos planetas ao Sol e não há nenhuma referência nos textos para verificação deste fato CANALLE, 1994. Outro problema dos livros didáticos e que as figuras nunca obedecem às escalas sobre as distâncias dos planetas com relação ao sol. E quando tenta ser claro ele coloca uma tabela com as distâncias, com números enormes, que ninguém consegue imaginar, e com isso não conseguem mostrar nenhuma noção, aproximada que seja da distribuição dos planetas ao redor do Sol. Em outros livros observamos figuras do sistema solar, com representaçôes dos planetas de forma enfileirada, dando a noção que os planetas giram ao redor do sol em fila, ou seja, um ao lado do outro.

Porém os alunos só assimilam verdadeiramente os conhecimentos, quando colocados em prática, é um dos objetivos do presente trabalho é oferecer uma solução simples para este problema. Para aprender matemática temos que resolver muitos problemas e exercícios. O mesmo ocorre com as ciências ditas naturais, em especial a astronomia, a proposta e fazer com que os alunos assimilem a escala dos planetas em relação ao sol, fazendo cálculos simples.

O presente trabalho, sugere uma atividade que motive o aprendizado da geometria ao fazendo com que os alunos participem ativamente das aulas de ciências, tornando-a prática e, com uma versão também divertida.

METODOLOGIA:

Em outubro de 2008, na semana de ciência e tecnologia, e em novembro do mesmo ano, foram feitas atividades para verificar o conceito que os alunos têm sobre astronomia. O apoio a esses jovens procurou investigar o significado do nosso sistema Solar interagindo assim um contexto direcionado ao Ensino de Astronomia, verificando os registros históricos baseados nos acontecimentos, seus significados e suas percepções.

Nesse período, foram trabalhados conceitos de astronomia com os alunos da Escola Josué Claudio de Souza e da Casa da Física, localizada na zona leste de Manaus. O público alvo eram alunos do Ensino Médio. A idéia então foi trabalhar com textos de astronomia, relacionando as distâncias dos planetas em relação ao sol.

Ao apresentar notou-se o espanto com o tamanho do nosso planeta (Terra), em relação ao Sol ou mesmo em relação aos outros planetas, como Saturno e Júpiter. Sabe-se que a Lua, satélite da Terra, possui um diâmetro 3,7 vezes menor que a Terra, e que se o Sol estivesse a 10 m do nosso planeta, a Lua estaria a uma distância de 2,5 cm de nós.

A realização desta atividade procura chamar a atenção do aluno para a enorme diferença de tamanho do Sol comparado aos planetas que compõem o Sistema Solar, bem como para importância da definição de escalas.

RESULTADOS:

A realização das experiências fez com que os alunos desfrutassem da ciência, se surpreendendo com as descobertas, e brincando com sua própria capacidade de conhecer e sentir grande interesse e paixão pelas atividades desenvolvidas durante o acompanhamento. Esse trabalho é para proporcionar a esses alunos uma cultura que está presente no seu dia a dia, ao amanhecer, e ao anoitecer, ou seja, mostrar a ciência como uma dentre tantas outras formas de “ver” o mundo, colocando-os em contextos diversos e amplos. É importante mostrar aos alunos as diferentes formas de fazer ciência, buscando suscitar sua curiosidade sobre ela, e não só com dados e fatos curiosos isolados. A que curiosidade é uma característica importante nos alunos, elas tentam entender como as coisas funcionam e como e o mundo a sua volta (Massarini (2005) p 17).

Ao propiciar a formação de pessoas capazes de entender o mundo altamente “tecnologizado,” quando se fala em foguetes e aviões, é necessário que os alunos possam fazer perguntas e encontrar respostas. Também nos interessa contribuir para criar ambientes propícios para a formação de “Cientistas Junior” e, sobretudo, proporcionar a esses alunos exemplos e situações estimulantes para pensar com liberdade, imaginação e criatividade.

Essa atividades mostrou-se pertinente aos alunos, pois estes ficaram surpresos quando verificaram a verdadeira distancia dos planetas em relação ao sol.

CONCLUSÃO:

A inserção de conteúdos de Astronomia para alunos do Ensino Médio deve levar em conta as concepções de alunos e de professores sobre fenômenos astronômicos e erros conceituais freqüentes em livros didáticos, jornais e revistas não especializadas.

Uma educação voltada a uma ampliação de visão de mundo que se traduz em competências e habilidades como preconizada pelos PCN, requer que o professor de ciências responda as questões sobre fenômenos astronômicos quando inquirido pelos alunos, e mesmo como parte dos assuntos abordados em sala, superando a prática tradicional em que a Física e apresentada de maneira que os conceitos, leis e fórmulas estão desarticuladas, distanciados do mundo vivido pelos alunos e por isso, vazio de significado. O tema estudado se mostrou pertinente aos alunos, não pela facilidade, e tarefas propostas, e sim pelo leque de conteúdos abordados e trabalhados a partir da Astronomia, como a luz, o movimento e distâncias dos planetas entre outros tópicos que na maioria dos livros-texto aparecem nos últimos capítulos, e os quadros de figuras e esquemas mostrados, aparecem fora de escala.

Instituição de Fomento: Universidade do Estado do Amazonas
Palavras-chave: Educação, Ensino de Ciências , Astronomia.