61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
ATIVIDADE DA REDUTASE DO NITRATO EM PLANTAS DE FEIJÃO CAUPI SUBMETIDO AO DÉFICIT HÍDRICO PROGRESSIVO
Samuel Christian Cohen Farias 1
Flávio José Rodrigues Cruz 1
Hadrielle Karina Borges Neves 1
Jocélia Maciel Barros 1
Yngrid Henrique Tavares de Melo Rodrigues 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2
1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, UFRA
2. Prof. Dr. Orientador
INTRODUÇÃO:

O feijão caupi é uma leguminosa de grande apreciação nas regiões Norte e Nordeste em função do considerável teor protéico de seus grãos, como pelo fato de ser bastante acessível às populações mais carentes. No entanto, períodos de veranico na região Norte e a escassez de chuvas verificadas na região Nordeste constituem um fator limitante à produção desta cultura.

O déficit hídrico tem efeito em diversos processos fisiológicos das plantas, visto que o estresse geralmente aumenta a resistência difusiva ao vapor de água, mediante fechamento dos estômatos, reduzindo a transpiração e, conseqüentemente, o suprimento de CO2 para a fotossíntese, além da redução da atividade da redutase do nitrato.

A redutase do nitrato constitui a porta de entrada do nitrato no metabolismo nitrogenado das plantas superiores, por meio da redução do nitrato a amônio que é assimilado. 

O funcionamento da redutase do nitrato é regulado pelo processo de fosforilação e desfosforilação do resíduo serina, o qual é sensível a vários tipos de estresses abióticos como o salino e o hídrico.

METODOLOGIA:

Sementes de feijão caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] Brs-Milênio obtidas da Embrapa Meio Norte foram postas para germinar em vasos contendo 15 litros de solo franco-arenoso.  Após 12 dias do semeio foi feito o desbaste das plântulas deixando-se uma plântula por vaso e adubando-se os vasos com NPK nas doses de 20-30-30 kg. ha-1. Os vasos foram irrigados diariamente, mantendo-se o solo na capacidade de campo.  No 28º dia após o semeio, as plantas foram submetidas ao estresse hídrico progressivo constituído por quatro períodos de tempo de estresse. Ao final de cada período, a atividade da redutase do nitrato foi medida em folhas fisiologicamente maduras das plantas sob tratamento e expressa em µmoles NO2-2. g MF-1. h-1 . O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x4 (plantas controle e sob estresse hídrico; Quatro períodos de estresse hídrico: 2, 4, 8 e 16 dias, e 6 repetições). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas a 5% pelo teste de Tukey

RESULTADOS:

O estresse hídrico progressivo afetou significativamente a atividade da redutase do nitrato nas folhas das plantas sob estresse tanto entre as plantas controle e estressadas como entre os períodos de estresse. Foram verificadas reduções de 25,3%, 32,7%, 43,8% e 95,8% na atividade da redutase do nitrato nas folhas de plantas sob estresse, comparadas às plantas controle nos respectivos períodos de estresse hídrico. 

CONCLUSÃO:

O estresse hídrico imposto afetou a atividade da redutase do nitrato nas folhas das plantas de feijão caupi onde o tempo de 8 e 16 dias de estresse foram os que afetaram em maior intensidade a atividade desta enzima.

Instituição de Fomento: UFRA
Palavras-chave: Redutase do nitrato, estresse hídrico, caupi.