61ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem
IDOSOS ATIVOS/PARTICIPANTES QUE VIVENCIAM FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO
Larissa Campos Meira 1
Edmeia Campos Meira 2
Andréia dos Santos Souza 2
Isleide Santana Cardoso dos Santos 2
Deuselia Moreira de Souza 2
Flavia Nogueira Reis 3
1. Discente do curso de enfermagem da Faculdade de Tecnologia e Ciencias
2. Docentes do Departamento de Saúde/ UESB /GREPE
3. Enfermeira da Secretaria de Saúde Municipal
INTRODUÇÃO:
O processo de envelhecimento populacional brasileiro, sendo também um fenômeno mundial, tem favorecido ao aumento da prevalência de idosos com depressão, que dentre as doenças crônico-degenerativas tem taxas de 5% e 35%. Leite(2006).A depressão consiste em um distúrbio da área afetiva ou do humor, com forte impacto funcional em qualquer faixa etária, de natureza multifatorial, em que somente uma minoria de idosos portadores, tem esta patologia detectada e devidamente tratada.Um fator relevante é o reconhecimento dos fatores de risco vivenciado, permitindo reconhecer como o idoso ativo consegue manter seu potencial para um bem estar físico, social e mental.Este estudo objetiva identificar os riscos potenciais para depressão na pessoa idosa ativa, relacionando com as características sócio demográficas, estilo de vida e condições de saúde no envelhecimento.
METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratório tendo como sujeitos 30 (trinta) idosos ativos vinculados às ações de extensão do Centro Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa do Envelhecimento da UESB- Grupos de Terceira Idade, residentes no município de Jequié-BA . Trabalho desenvolvido no período de julho a dezembro de 2008. A implementação se deu a partir das seguintes etapas: seleção e identificação dos idosos que vivenciam risco para a depressão por meio da aplicação da Escala de Depressão Geriátrica (EDG) de Sheikh e Yesavage, (1986) em sua versão curta com 15 itens; construção do formulário com questões fechadas e abertas, tendo como referência a EDG de Hamilton (1960). O projeto foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UESB- Protocolo n.040/2008. A organização e analise dos dados obtidos foi de acordo com os princípios da estatística descritiva.
RESULTADOS:
A totalidade da amostra estudada ,100%, não apresentou risco para depressão segundo aplicação da Escala de Depressão Geriátrica (EDG) de Sheikh e Yesavage, (1986) . A caracterização sócio-demografica dos idosos, 50% possuem entre 60 a 70 anos e 30% estão entre 71 a 80 anos, sendo 87% do sexo feminino. Quanto ao estado conjugal, 70% dos idosos são casados, 23% são viúvos. Avaliando as condições de saúde, 70% dos idosos são portadores de Hipertensão Arterial , 33% são portadores de Diabetes Mellitus,e 17% osteoporose, sendo a maioria do sexo feminino. Avaliando o processo de envelhecimento foi evidenciado alterações no padrão do sono, sendo encontrado como distúrbios mais freqüentes: dificuldade para iniciar o sono (14%), despertar durante a noite e volta a dormir (30%), acorda durante a noite e não volta a dormir (6%), com 50% dos sujeitos da pesquisa não apresentando nenhuma alteração. Quando avaliado o estado cognitivo, identificamos que 53% dos idosos na faixa etária acima de 70 anos apresentaram comprometimento leve. Quanto a existência de sentimentos depressivos, apenas 17% dos idosos confirmaram , fato este que pode ser explicado pela busca por um tempo de vida prolongado e com saúde, através de atividades de lazer e participação social.
CONCLUSÃO:
A partir dos resultados, identificamos que o idoso ativo vivencia fatores de risco potencial para depressão, acompanhado de atitudes de superações que auxiliam a enfrentar as alterações do envelhecimento ao longo da vida, prevenindo o surgimento e complicações de doenças crônicas,constituindo uma das maiores causas dos transtornos cognitivos e afetivos na velhice. Com isso, constatamos a contribuição dos grupos de convivência como uma alternativa, no sentido de proporcionar um suporte social nas ares afetivas e cognitivas ao idoso, elevando sua estima, aliviando sentimentos que produzem limitações, minimizando um possível estado de adoecimento, favorecendo mudança de comportamento, passando de um idoso assistido e passivo, para um cidadão atuante e emancipado.
Palavras-chave: Idoso Ativo, Risco para Depressão, Envelhecimento Humano.