61ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 5. Ciências Florestais |
DISTRIBUIÇÃO E DINÂMICA DA ANDIROBA (Carapa guianensis AUBL.) EM FLORESTAS PRIMÁRIAS E EXPLORADAS NO ESTADO DO PARÁ |
Ademir Roberto Ruschel 1 Adriana dos Santos Luz 2 Amanda Alves Coelho 2 Leonardo Pequeno Reis 2 |
1. Embrapa Amazônia Oriental - CPATU 2. Universidade federal Rural da Amazônia - UFRA - Engenharia Florestal |
INTRODUÇÃO: |
A andiroba (Carapa guianensis Aublet) é uma das espécies florestais arbóreas mais abundantes e com ampla dispersão na Floresta Amazônica, atingindo limites de ocorrência até no Bioma Mata Atlântica, na Bahia. Pertencente à família Meliaceae apresenta árvores de grande porte, podendo atingir |
METODOLOGIA: |
A pesquisa foi conduzida no Estado do Pará em quatro áreas Flona Tapajós localizadas na altura do km‑67, km‑83, km‑114 e km‑117 da BR‑163 (Cuiabá/Santarém), Parque Nacional da Amazônia-Itaituba, Resex da Vila de Boim (Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns/Santarém) e no km‑34 da Rodovia PA 450, Tocantins, Moju. O universo amostral analisado tonaliza 1.180 árvores de andiroba com DAP ≥5 cm, sem computar os indivíduos DAP < |
RESULTADOS: |
O agrupamento da andiroba mostra que cerca 90% (>220/ha) das andirobeiras ocorrem na classe de mudas, 3% (>8/ha) de vara e 7% (>17/ha) de árvores. Analisando o grupo de árvores, a distribuição relativa de plantas nas classes diamétricas mostram um número superior de árvores na classe de 15< DAP <25cm (ca. 30%), decrescendo uniformemente para as classes maiores (DAP >25cm). Na classe DAP ≥75 cm as árvores ficam escassas com densidade inferior a 0,2 - 0,5 árvores/ha, observando que o diâmetro máximo registrado no estudo foi de |
CONCLUSÃO: |
A Andiroba representa uma das espécies mais abundantes na floresta da região Oeste Paraense (Santarém) e também apresenta ampla distribuição no Bioma Amazônia. A distribuição diamétrica da espécie identificou que as populações apresentam um balanceado estoque de plantas em todas as classes de diâmetro. Embora em floresta explorada fosse observado um decréscimo de indivíduos com o avançar da sucessão, supõe-se que tal comportamento venha se estabilizar com a recuperação da floresta. É notável um forte crescimento diamétrico nos primeiros anos pós-exploração que com o avançar do tempo decresce, e no final da terceira década já se aproxima aos padrões da floresta não explorada. No entanto, o comportamento da andiroba em floresta explorada e não explorada mostrou ser uma espécie com grande potencial para o manejo, tanto para produtos madeireiros e não madeireiros. Sugere-se o uso da espécie para enriquecimento de clareiras pós-exploração florestal, visto o excelente crescimento, adaptabilidade ecológica e recrutamento dessas em áreas exploradas. |
Instituição de Fomento: Embrapa Amazônia Oriental/CPATU, Conselho Nacional de Desenvol. Científ. e Tecnol./CNPq, Projeto Floresta em Pé- Funtec/Embrapa |
Palavras-chave: Andiroba, Dinâmica, Produto Floresta Não Madeireiro - PFNM. |