61ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 2. Química Ambiental
AVALIAÇÃO DA DBO E DQO DO EFLUENTE FINAL DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO ECOLÓGICO DE ESGOTO (ETEE) DO INPA.
Glaucia Cristina Manço da Costa 1, 2
Antônia Gomes Neta Pinto 1
Sebastião Átila Fonseca Miranda 1
Maria do Socorro Rocha da Silva 1
1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia / INPA
2. Universidade Paulista/UNIP
INTRODUÇÃO:

O esgoto bruto ou despejo líquido quando lançado num manancial contribui sua degradação. Por isso Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) são de fundamental importância para a preservação dos recursos hídricos. Os institutos de pesquisa e as universidades convivem com o problema de descarte e tratamento dos resíduos gerados em seus laboratórios e com os efluentes dos sanitários. Os resíduos de laboratório diferem daqueles gerados nas indústrias por apresentarem baixo volume e, principalmente, grande diversidade de composições, o que dificulta a tarefa de estabelecer um tratamento e disposição final padrão para todos.   O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em suas inúmeras atividades de pesquisa utiliza uma grande variedade de produtos químicos em seus laboratórios, o que gera, embora em volume pequeno, resíduos de natureza diversa, os quais em contato com os esgotos orgânicos podem resultar compostos ainda mais danosos. No entanto, o volume dos resíduos gerados nos laboratórios do INPA é pequeno em relação aos resíduos orgânicos (copa e sanitários). Este trabalho avaliou a variação diária (a cada duas horas) da DBO do efluente final da estação de tratamento de esgoto do INPA, bem como a eficiência do tratamento pela sua relação com a DQO.

METODOLOGIA:

Foram coletadas amostras do efluente final da estação de tratamento, para a determinação das demandas bioquímica (DBO) e química do oxigênio (DQO). A DBO foi determinada por diluição (1:1) do efluente em água destilada saturada de oxigênio, devido o baixo teor de oxigênio dissolvido e alta concentração de matéria orgânica e organismos. As amostras foram preparadas para determinação de DBO a cada duas, seis, doze e vinte e quatro horas, até o consumo total. Cada amostra foi mantida em ausência de luz, com réplica e feita a determinação pelo método de Winkler.

RESULTADOS:

A quantidade de matéria orgânica presente no esgoto é medida por meio da quantidade de oxigênio necessária para a sua degradação. As duas variáveis mais utilizadas são a DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e a DQO (Demanda Química de Oxigênio), que expressam a quantidade de oxigênio necessária para a degradação biológica e química da matéria orgânica, respectivamente, por isso dependem da concentração de matéria orgânica e oxigênio dissolvido. No efluente final da ETEE do INPA, a DQO teve média de 36,23 mg/L enquanto a da DBO foi de 18,71 mg/L, sendo a relação DQO/DBO, que avalia o grau de biodegradabilidade do esgoto, de 1,94, onde o máximo é 5.  

CONCLUSÃO:

A avaliação do efluente final da ETEE INPA, pela relação das taxas de DQO/DBO mostrou ser este efluente, que vai para a rede de esgoto da cidade, biodegradável, pois ficou inferior a 5, que é o limite máximo para a característica de um efluente biodegradável, segundo a Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH).

Instituição de Fomento: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Palavras-chave: Estação de tratamento de efluente, Efluente biodegradável, Demandas bioquímica e química do oxigênio.