61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
EFEITO DO ALUMÍNIO SOBRE A TAXA DE CRESCIMENTO RELATIVO E ÁREA FOLIAR ESPECIFICA EM PLANTAS DE SORGO CULTIVADAS EM SOLUÇÃO NUTRITIVA
Hadrielle Karina Borges Neves 1
Flávio José Rodrigues Cruz 1
Hugo Amancio Sales Silva 1
Monyck Jeane dos Santos Lopes 1
Luana Moraes Luz 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2
1. 1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, U
2. 2. Prof. Dr. Orientador.
INTRODUÇÃO:

Considera-se a toxidez por Al+3 um dos principais fatores limitantes da produtividade agrícola em solos ácidos. Em escala global, os solos ácidos ocupam uma superfície estimada em 37,8 milhões de km2, dos quais 67% possuem valores de pH inferiores a 5,5.

O efeito da toxidez se manifesta, inicialmente, sob a forma de redução na taxa de crescimento das raízes com efeitos fisiológicos nocivos sobre a absorção de água e nutrientes. Como conseqüência indireta dos danos radiculares sobre a parte aérea, verifica-se menor acúmulo de nutrientes minerais, menor ganho de área foliar e massa seca total. Esta redução do crescimento da planta pode ser resultante da diminuição da atividade fotossintética, que por sua vez pode estar relacionada tanto com fatores estomáticos como não estomáticos, pois em algumas espécies, foi observado que a toxidez do Al causa queda na condutância estomática e nas reações bioquímicas de fixação de CO2.

METODOLOGIA:

Sementes de sorgo foram postas para germinar em bandejas plásticas contendo areia lavada e autoclavada. Após 7 dias, foram escolhidas plantas uniformes quanto ao tamanho e sanidade, sendo as mesmas transplantadas para vasos opacos e externamente prateados contendo 2 L de solução nutritiva. Foi usado como substrato areia lavada e sílica na proporção de 3:1. Após 20 dias da emergência das plântulas adicionou-se na solução Al2 (SO4)3 . 18 H2O nas concentrações de 0, 50, 100 e 150µM. No 30º dia, foi determinada a área foliar das plantas de sorgo por meio de um integrador foliar Li-cor 1600, expressando a área em cm2. Em seguida, as plantas foram ensacadas e postas para secar em estufa de ventilação forçada a 65 ºC por 72 horas, para posterior determinação da massa seca das plantas por meio de balança analítica de precisão. A partir da coleta dos dados de área foliar e massa seca das plantas em dois tempos diferentes, determinou-se a taxa de crescimento liquido e a área foliar especifica. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualisado em esquema fatorial 4x10 (quatro concentrações de alumínio e dez repetições). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas a 5% pelo teste de Tukey.

RESULTADOS:

A área foliar especifica foi afetado pelo alumínio sendo a dose de 100 e 150µM as que promoveram maior redução, embora não tenham se diferenciado estatisticamente entre si. A taxa de crescimento liquido não foi afetada pela presença do alumínio, não ocorrendo diferenças significativas entre os tratamentos.

CONCLUSÃO:

O alumínio afetou a área foliar especifica promovendo reduções neste parâmetro nos tratamentos de 100 e 150µM. Por outro lado, a taxa de crescimento relativo não foi alterada pelo alumínio.

Instituição de Fomento: UFRA
Palavras-chave: Alumínio, área foliar especifica, taxa de crescimento relativo .