61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
EFEITO DO ALUMÍNIO SOBRE OS TEORES DE CLOROFILA TOTAL EM PLANTAS DE SORGO CULTIVADAS NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE ALUMÍNIO
Luiz Carlos Neves da Fonseca 1
Flávio José Rodrigues Cruz 1
Hadrielle Karina Borges Neves 1
Hugo Amancio Sales Silva 1
Monyck Jeane dos Santos Lopes 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2
1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, UFRA
2. Prof. Dr. Orientador.
INTRODUÇÃO:

O sorgo consiste de planta típica de clima quente, de características xerófilas, que além da sua baixa exigência em termos de riqueza mineral do solo, apresenta tolerância/resistência aos fatores abióticos, tais como: estresse hídrico, salinidade e encharcamento. Além disto, apresenta elevada eficiência de uso de água, sendo necessários, em média, 250 a 400g de água para produzir 1g de matéria seca. Nesta cultura, a eficiência de uso de água é superior a grande maioria das gramíneas tropicais.

No entanto, seu cultivo na Amazônia pode sofrer limitações em função do alto teor de alumínio associado à baixa saturação de bases, características básicas dos solos altamente intemperizados.

Os efeitos do Al sobre o crescimento da parte aérea podem ocorrer como conseqüência secundária. A redução do crescimento da planta pode ser resultante da diminuição da atividade fotossintética, que por sua vez pode estar relacionada tanto com fatores estomáticos como não estomáticos. Em algumas espécies, observou-se que a toxidez do Al causa queda na condutância estomática e nas reações bioquímicas de fixação de CO2.

Também causa injúrias na formação e na função do cloroplasto, afetando as membranas do tilacóide e o transporte de elétrons interferindo de forma direta na taxa de assimilação de CO2.

METODOLOGIA:

Sementes de sorgo foram postas para germinar em bandejas plásticas contendo areia lavada e autoclavada. Após 7 dias, foram escolhidas plantas uniformes quanto ao tamanho e sanidade, sendo as mesmas transplantadas para vasos opacos e externamente prateados contendo 2 L de solução nutritiva. Foi usado como substrato areia lavada e sílica na proporção de 3:1. Após 20 dias da emergência das plântulas adicionou-se na solução Al2 (SO4)3 . 18 H2O nas concentrações de 0, 50, 100 e 150µM. No 30º dia após a emergência das plântulas foram coletadas folhas, fisiologicamente, maduras para a determinação do teor de clorofilas A e B, macerando-as a baixa temperatura usando-se cetona 80% e realizando as leituras em espectrofotômetro a 644 nm e 662 nm. O teor de clorofila total foi calculado segundo a fórmula: Clorofilas (a + b) = (5,13 x A 662 + 20,41 x A 644) x 0,25 e expressas em mg de Clorofila. g MF-1.

O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualisado em esquema fatorial 4x10 (quatro concentrações de alumínio e dez repetições). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas a 5% pelo teste de Tukey.  

RESULTADOS:

O alumínio reduziu em 46,5% o teor de clorofila total em folhas de plantas de sorgo no tratamento de 150µM da Al+3 o qual se diferenciou estatisticamente dos demais tratamentos.

CONCLUSÃO:

O teor de clorofila total foi reduzido significativamente pela presença do alumínio na solução nutritiva, onde a concentração de 150µM contribuiu em maior intensidade para este decréscimo.

Instituição de Fomento: UFRA
Palavras-chave: Clorofila total, Alumínio, Sorgo.