61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
 ALTERAÇÕES DA ÁREA FOLIAR E ÁREA FOLIAR ESPECIFICA DE PLANTAS DE FEIJÃO CAUPI SUBMETIDAS AO ESTRESSE HÍDRICO
Valdemir Silva Abreu 1
Flávio José Rodrigues Cruz 1
Monyck Jeane dos Santos Lopes 1
Hugo Amancio Sales Silva 1
Candido Ferreira de Oliveira Neto 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2
1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, UFRA
2. Prof. Dr. Orientador
INTRODUÇÃO:

O feijão caupi ou feijão-de-corda (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é um componente da dieta alimentar de povos em países subdesenvolvidos. Sua importância está no alto conteúdo de proteína nas sementes. Os maiores produtores e consumidores mundiais são a Nigéria, Níger e Brasil. Na Região Nordeste do Brasil, encontram-se as maiores áreas plantadas, e a cultura desempenha função de destaque sócioeconômico por ser a principal fonte de proteína vegetal, sobretudo para a população rural, além de fixar mão-de-obra no campo e gerar emprego e renda na região.

No entanto, um dos fatores limitantes que mais competem para a redução da produtividade desta cultura no Nordeste é o reduzido índice de precipitação pluviométrica que assola boa parte da região nordestina produtora de feijão caupi.

Dentre as principais conseqüências visíveis do estresse hídrico em plantas, a redução da área foliar é aquela que proporciona maiores implicações sobre o rendimento da cultura, pois acarreta redução da área foliar fotossintetizante, o que ocasiona produtividades de grãos aquém das esperadas.

METODOLOGIA:

Sementes de feijão caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] cultivar Brs-Milênio, obtidas da Embrapa Meio Norte foram postas para germinar em vasos contendo 15 litros de solo franco-arenoso.  No 12º dia após o semeio foi feito o desbaste das plântulas deixando-se uma plântula por vaso e uma adubação com NPK nas doses de 20-30-30 kg. ha-1 por vaso. Os vasos foram irrigados diariamente, mantendo-se o solo na capacidade de campo.  No 28º dia após o semeio, as plantas foram submetidas ao estresse hídrico progressivo constituído por quatro períodos de tempo de estresse. Ao final de cada período, a área foliar foi medida por meio de um integrador de área foliar portátil. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x4x6 (plantas controle e sob estresse hídrico; Quatro períodos de estresse hídrico: 2, 4, 8 e 16 dias, e 6 repetições). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas a 5% pelo teste de Tukey.  

RESULTADOS:

Em todos os períodos de tempo foram verificadas diferenças significativas em relação à área foliar entre as plantas sob estresse hídrico e irrigadas, encontrando-se nestas, maiores valores para esta variável. Entre os períodos de estresse, foram observadas diferenças significativas na área foliar, verificando-se maiores valores tanto nas plantas controle como nas submetidas ao estresse hídrico no período de 8 e 16 dias de estresse.

Em relação à área foliar especifica, houve diferenças significativas entre plantas controle e sob estresse apenas nos períodos de 2 e 16 dias de estresse, observando-se maiores valores de área foliar nas plantas controle no período de 2 dias de estresse. Por outro lado, no período de 16 dias de estresse foi observados maiores valores de área foliar nas plantas sob estresse em relação às plantas controle.

CONCLUSÃO:

O tempo de estresse aplicado afetou tanta a área foliar como a área foliar especifica contribuindo para a redução da superfície foliar fotossintetizante.

Instituição de Fomento: UFRA
Palavras-chave: Área foliar, área foliar específica, estresse hídrico.