A grande maioria dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), faz parte de uma classe trabalhadora que desde muito cedo se viu inserida no mercado de trabalho não lhe sobrando tempo para estudar; a outra parte, não teve a oportunidade de concluir a Educação Básica, visto não possuir na localidade onde residiam, ou próxima a ela, escolas que atendessem aqueles que terminavam o Ensino Fundamental, como ainda ocorre em muitas localidades no Amazonas, considerando, sobretudo, as distâncias geográficas e dificuldades de acesso. Principalmente em relação ao segundo aspecto, vê-se no ensino com tecnologias interativas uma  possibilidade viável na EJA. Desse modo, neste estudo, procura-se analisar as contribuições do uso das novas tecnologias na EJA de área rural, a partir da mediação do professor.

Os dados coletados revelaram que o uso das novas tecnologias como ferramenta pedagógica na Educação de Jovens e Adultos, com a mediação do professor, tem contribuído para uma considerável melhoria na qualidade da educação oferecida aos estudantes, considerando que essa mediação tem ocorrido de modo a possibilitar um ensino mais crítico e dinâmico, particularmente em se tratando da realidade dos jovens e adultos que residem em áreas rurais sem possibilidades de acesso ao Ensino Médio.

Embora na Educação de Jovens e Adultos,  ainda, em grande parte, os estudantes tenham mostrado a preocupação com um ensino que esteja voltado não para o ato de aprender, mas para resolver questões socioeconômicas, o estudo mostra que a escola tem se valido do uso das novas tecnologias com a mediação do professor para a formação intelectual do trabalhador, ou seja, para desenvolver em seu público Jovem e Adulto uma consciência mais critica, através de um ensino mais dinâmico e com real possibilidade de participação dos estudantes, principalmente em se considerando a realidade dos jovens e adultos que residem em áreas rurais.