Dessa pesquisa foram extraídos alguns resultados, alguns positivos, outros nem tanto a cerca da evolução da identidade homossexual no Rio de Janeiro. Foi possível perceber que a capacidade desses indivíduos de formar territórios não é recente, sendo verificada a existência de territorialidades com esse perfil no Rio de Janeiro já no início do século XX. O que foi possível perceber também foi a maior quantidade e visibilidade desses espaços, possível resultado da maior exposição desses indivíduos de forma positiva na mídia, bem como da ação de ONGs e Associações de defesa da causa homossexual. É possível ainda verificar que mesmo tendo quebrado barreiras como a retirada em 1985 do “homossexualismo” relação de doenças pelo Conselho Federal de Medicina, os homossexuais ainda sofrem discriminações como mostra recente pesquisa lançada pela Fundação Perseu Abramo.

Essa pesquisa tem como objetivo principal trazer reflexões a cerca do tema da homossexualidade. Foi possível verificar que os territórios de convivência homossexuais são de relevante importância para a socialização desses indivíduos, no entanto vimos que, para muitos desses, esse território é o único meio que esse indivíduo possui de vivenciar de forma plena sua homossexualidade, por medo do preconceito que a sociedade irá impor a ele. No entanto vemos que esses territórios vem se tornando cada vez mais visíveis, ganhando espaço e respeito na sociedade. Portanto gostaria de com esse trabalho deixar uma reflexão sobre esse tema, refletindo sobre os preconceitos que perpassam a sociedade, revendo posturas, para que cada vez mais possamos pensar numa sociedade igualitária, onde todas as identidades sejam respeitadas, e onde os territórios de convivência homossexual não sirvam mais como um abrigo, como esconderijo, mas como um local de convivência pacífica, onde todos circulem sem medo do diferente, e principalmente, que essa diferença seja respeitada também fora desses territórios, não havendo mais exclusões, nem discriminações.