61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
A Prática da Educação Lúdica na Prevenção dO PARASITISMO iNFANTIL EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE cOARI-am.
Alana Fernandes 1
Aline Caetano 1
Francenilton Sampaio 1
José Dobles Reis Junior 1
Vilson Carvalho 1
Jocilene Guimarães 2
1. Acadêmicos do Instituto de Saúde e Biotecnologia – UFAM / CMS / Coari
2. Professora do Instituto de Saúde e Biotecnologia – UFAM- Orientadora
INTRODUÇÃO:

Na comunidade científica, sobretudo na área de saúde, observa-se uma preocupação constante com o desenvolvimento de técnicas de avaliação de diagnóstico e possibilidades terapêuticas mais modernas, no entanto, ao mesmo tempo em que se observam grandes evoluções tecnológicas para o diagnóstico e tratamento de diversas patologias, mais de 300 milhões de pessoas no mundo são afetadas por parasitos transmitidos através do contato com o solo, água e alimentos, principalmente crianças. Embora desde o início do século venha se ampliando a literatura a cerca do parasitismo infantil, pouca atenção é dada aos programas de formação do educador de primeiro grau. Acreditando na educação como medida profilática, e visando a prevenção do parasitismo infantil, o objetivo deste projeto consistiu em implantar um programa de educação em saúde, através de atividades lúdicas, de modo sistemático e criativo, para a conscientização da criança sobre os métodos profiláticos contra parasitoses, para contribuir na melhoria das condições de saúde básica dos alunos de ensino fundamental da educação pública do município de Coari.

METODOLOGIA:

Foram selecionadas cinco escolas que possuíam maior número de alunos no ensino fundamental. Para que a equipe do projeto pudesse realizar as atividades, tanto os professores, assim como os funcionários das escolas participantes foram informados da temática do projeto para que juntos pudéssemos alcançar nossos objetivos. As atividades foram realizadas, através de dramatizações, cujos textos, cenário e as fantasias, foram feitos pela equipe do projeto, gincanas e oficinas. Os assuntos abordados tiveram como tema central a higiene pessoal e do ambiente e cuidados com os alimentos, sempre relacionando com a transmissão parasitaria. Foram produzidos ainda, uma cartilha com desenhos para colorir, trilhas para cobrir, jogos infantis e cartazes ilustrativos que foram afixados nas escolas, ambos com instruções e procedimentos simples e acessíveis a população, para evitar e/ou amenizar as principais parasitoses locais. Ao término das atividades em cada escola foi realizada uma gincana de conhecimentos, a cerca das medidas profiláticas abordadas, os alunos das turmas vencedoras receberam kits de higiene, sendo distribuídos lanches que foram produzidos pelas merendeiras das escolas, que receberam ao longo do projeto a orientação correta de cuidados com a higiene e manipulação de alimentos.

 

RESULTADOS:

Confrontados em todas as escolas com a insuficiência de conhecimentos dos professores e merendeiras a cerca dos ciclos Biológicos dos Parasitas, fato que culmina na impossibilidade destes profissionais realizarem atividades preventivas.  Entre as atividades merecem destaque as peças teatrais “Piolho: Minha cabeça não tem vagas”, que demonstrou aos alunos as vias de contágio, ação e prevenção a este ectoparasita e “Organização e Limpeza tornam minha casa uma beleza”, que enfocou os hábitos de higiene para prevenção dos helmintos, as crianças demonstraram um interesse contagiante, assim como habilidades práticas, experiências e questionamentos perspicazes sobre o parasitismo. Dessa forma palestras, oficinas e todas as atividades lúdicas ministradas com a linguagem adaptada na realidade do dia-a-dia, tiveram boa aceitação e assimilação de varias faixas etárias. A prática educativa lúdica foi eleita, pelos gestores das escolas, como uma maneira satisfatória que possibilitou o primeiro passo para o redimensionamento da aplicabilidade da prevenção as parasitoses infantis.   

CONCLUSÃO:

A inserção precoce do conhecimento sobre o parasitismo infantil, assim como suas medidas preventivas junto a comunidade infantil é uma experiência positiva, sendo o ensino lúdico a melhor forma de se repassar as informações necessárias ao combate parasitário às estas crianças. Acreditamos que assim, tanto as crianças atendidas pelo projeto, quanto os funcionários das escolas e os futuros profissionais do Instituto de Saúde e Biotecnologia da UFAM estarão capacitados a atuar, no processo preventivo de saúde-doença em seus diferentes níveis de assimilação, atenção, promoção e prevenção, que ora foram abordados nas atividades desenvolvidas.  

Instituição de Fomento: Instituto de Saúde & Biotecnologia/Universidade Federal do Amazonas.
Palavras-chave: Parasitismo Infantil, Práticas lúdicas , Educação.