61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 2. Geografia Regional
TEMPERATURA AMBIENTE NAS RESIDÊNCIAS DA ÁREA URBANA DA CIDADE DE PARINTINS-AM.
Gianfrancesco Ferreira Braga 1
Alem Silvia Marinho dos Santos 2
Iracy dos Santos Oliveira 3
1. Universidade do Estado do Amazonas – UEA-CESP
2. universidade do Estado do Amazonas- orientador
3. universidade do Estado do Amazonas-co- orientador
INTRODUÇÃO:

Com o aumento da população e a rápida expansão do perímetro urbano, a cidade de Parintins, que está localizada há 369 km em linha reta e 420 km por via fluvial de Manaus e está situado à margem direita do Rio Amazonas, com uma altitude de 50 metros em relação ao nível do mar, encontrando-se a 2°39’10’’ de latitude sul e 56°45’25’’ longitude oeste. Devido a esse crescimento demográfico, a população parintinense vem sofrendo um grande impacto em relação à estruturação urbana, com isso os problemas ambientais vem ocasionando conseqüências que serão refletidas na vida dos moradores.

Tido como tema de pesquisa as medidas de temperatura na parte interna das residências localizadas no centro da cidade (ao norte) e no bairro de Paulo Correa ao sul, a referida pesquisa fez uma comparação dos aspectos ambientais relacionando-os às variações de temperatura que é algo que já afeta o conforto dos moradores dessas localidades. O crescente aumento da população em Parintins, no perímetro sul da cidade é algo visível a todos, que se expande rapidamente surgindo novas áreas de urbanização e alterações na temperatura do ambiente, uma vez que, 90% da cobertura vegetal primária já foram retiradas e ocupadas por ruas e residências. 

METODOLOGIA:

Como procedimento metodológico essencial para a realização desta pesquisa, a priori, foi realizado um levantamento bibliográfico em torno do estudo em questão na qual foi constante ao longo de sua execução com o intuito de conhecer os processos atmosféricos relacionados com a temperatura dos ambientes. Como universo da pesquisa foram delimitados dois bairros, centro e Paulo Corrêa, o primeiro por possuir estrutura urbana acentuada, maior circulação de veículos automotores e grande aglomeração populacional e o segundo por ter formação recente, estar em processo de urbanização e se localizar próximo a áreas verdes.

Após este passo, foram selecionados lugares com o objetivo de obter medições em dez dias, a cerca da temperatura ambiente das residências nas estações do inverno e verão, onde foram escolhidos os meses mais significativos para cada estação em um período de um ano, no intuito de se verificar a intensidade da influencia do processo da urbanização e variadas atividades humanas no aumento da temperatura ambiente das residências urbanas da cidade de Parintins, mas especificamente nos bairros selecionados.

Após a coleta de dados, um dos últimos passos a ser realizado foi a analise das medições, suas comparações de possíveis influências da malha urbana no seu resultado final.     
RESULTADOS:

Os resultados obtidos na conclusão da pesquisa foram de suma importância para a compreensão das oscilações de temperatura que a cidade de Parintins apresenta em seu perímetro urbano, em pontos estratégicos do centro da cidade (norte) e no bairro de Paulo Correa (sul), em seguida comparamos os dados coletados em campo, fazendo uma comparação das medidas de temperatura coletadas nas residências dos dois perímetros citados anteriormente. Os meses escolhidos para as medições foram, setembro de 2008 e fevereiro de 2009 durante 10 (dez) dias de cada mês.

A máxima interna nas residências do centro com estrutura de madeira no mês de setembro foi de 36°C e a mínima de 28°C. Nas residências com estrutura de alvenaria a máxima foi de 37°C e a mínima de 26°C. No bairro de Paulo Correa, as de estrutura de madeira apresentaram máxima de 35°C e a mínima de 25°C, as de alvenaria a máxima foi 37°C e a mínima foi de 26°C. Já no mês de fevereiro no centro a máxima nas residências de madeira foi de 32°C e a mínima foi de 25°C, as de estrutura de alvenaria a máxima foi de 33 °C e a mínima foi de 26°C. Já no bairro de Paulo Correa, as de estrutura de madeira apresentou a máxima de 30 °C e a mínima de 24ºC, as de alvenaria apresentaram a máxima de 31°C e a mínima de 25°C.

CONCLUSÃO:

Ao finalizarmos a pesquisa obtivemos resultados que nos levaram a concluir que as residências do centro da cidade apesar de receberem influencia do Rio Amazonas como as brisas e outras componentes, se caracterizam mais quente, tal fato pode ser respondido pela elevada urbanização do espaço e pela maior circulação de automóveis a combustão. No entanto, no bairro em expansão de seu perímetro urbano como o bairro de Paulo Correa, apesar da retirada em grandes proporções da mata primaria, ainda apresenta temperaturas amenas do que nas residências do centro. Vale ressaltar que foi levado em consideração o tipo de material usado nas construções das residências, fator este determinante na alteração da temperatura interna das residências. 

Instituição de Fomento: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas
Palavras-chave: Aquecimento global , urbanização, medidas de temperatura.