61ª Reunião Anual da SBPC |
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia |
RENTABILIDADE ECONÔMICA DO CULTIVO DO MARACUJAZEIRO-AMARELO SOB DIFERENTES PODAS DE FORMAÇÃO |
Oscar Mariano Hafle 1 José Darlan Ramos 2 Sebastião Elviro de Araújo Neto 3 |
1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, Campus de Sousa 2. Universidade Federal de Lavras - MG 3. Universidade Federal do Acre - AC |
INTRODUÇÃO: |
O cultivo de maracujazeiro é de grande importância para médias e pequenas propriedades rurais. O maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa Deg.), também conhecido como maracujá-azedo representa aproximadamente 95% da produção nacional. Sua importância social está no fato de que a atividade propicia em torno de seis empregos por hectare, sendo dois diretos e quatro indiretos, estando diretamente associado à produção de base familiar. A análise econômica comparando as diferentes formas de condução da planta faz a conversão das variações produtivas em unidades monetárias facilitando a decisão do produtor. Essa analise é composta de: custo de produção, análise econômica simplificada, receita líquida, taxa de retorno, ponto de nivelamento e ponto de resíduo. Fica difícil a decisão de se adotar ou não determinada prática de manejo cultural, a exemplo da poda de formação, pela escassez de trabalhos avaliando a produtividade e eficiência econômica do sistema adotado. Por isso o objetivo deste trabalho foi analisar a rentabilidade econômica da cultura do maracujazeiro-amarelo sob diferentes formações nas condições edafoclimáticas de Lavras, MG. |
METODOLOGIA: |
O experimento foi instalado e conduzido entre os meses de setembro de 2005 a maio de 2008, em pomar comercial localizado no município de Lavras, sul do estado de Minas Gerais (21º 14' S; 45º 58' W; 910 m de altitude). Foram utilizadas plantas de maracujazeiro-amarelo, oriundas de sementes, implantadas no campo em covas, no espaçamento de |
RESULTADOS: |
Analisando-se o percentual de participação dos itens componentes do custo total de produção do maracujazeiro, nas diferentes formações da planta, verifica-se que o custo variável representa 86,3% e o custo fixo 13,7% do custo total, para a média geral dos tratamentos, com pouca variação entre eles. Nos custos variáveis merecem destaque os insumos e a mão de obra, compondo juntos 73,9% destes. A maior remuneração da lavoura (lucro líquido) ocorreu no segundo ano e no tratamento com a manutenção de trinta ramos terciários na poda de formação. No primeiro ano, em todos os tratamentos, o rendimento bruto não cobriu o custo total de produção, porém se for considerado o somatório das duas safras, apenas os tratamentos T1, T2 e T3 apresentaram desempenho positivo, sendo o T2 o de melhor retorno econômico. Nas somas dos anos I e II, obtiveram-se lucro líquido de R$ 1.851,15, R$ 3.171,52 e R$ 1.247,09 por hectare, respectivamente para os tratamentos T1, T2 e T3, tendo os demais tratamentos, resultados negativos. O índice de retorno foi 15,48%, 16,44%, 15% e 13,44% para os tratamentos T1, T2, T3 e T4, respectivamente, ficando acima da taxa do custo alternativo (12% + aluguel da terra). No tratamento T5, por apresentarem resíduo negativo, não houve retorno do capital investido, e sim, perda de 13,2%. |
CONCLUSÃO: |
O custo total de produção aumenta e a produtividade diminui com a intensificação da poda. Os tratamentos com 40, 30 e 24 ramos terciários proporcionam as melhores situações econômicas, com lucro super normal, porém nos tratamentos com 20 e 14 ramos terciários a situação foi de resíduos positivo e negativo, respectivamente. A produção do maracujazeiro com os atuais preços e custos, constitui-se em uma atividade com rendimentos satisfatórios, com exceção dos tratamentos com menor número de terciários. |
Instituição de Fomento: Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) |
Palavras-chave: Passiflora edulis, podas, análise financeira . |