61ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica
ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO FUNDAMENTAL PARA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO FÍSICO, DA PERCEPÇÃO E DA LINGUAGEM: A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS DE RUA.
Alexsandro Santos da Silva 1
Ana Mara Barbosa Oliveira 1
Elenildes da Conceição cruz 1
Michele Santos Silva 1
Nêmora Maria Azevedo Silva 1
Maria Auxiliadora Santos 2
1. Alunos do 2º periodo de pedagigia licenciatura da FACULDADE AMADEUS
2. DOUTORA/ORIENTADORA
INTRODUÇÃO:
Este artigo resulta do desenvolvimento de um projeto didático realizado na Escola Estadual Oratório Festivo Dom Bosco, como parte do programa das disciplinas Biologia Educacional e Metodologia do Trabalho Científico do Curso de Pedagogia da Faculdade Amadeus, Aracaju/Se. Utilizamos como questão norteadora: as brincadeiras de rua servem para desenvolver o convívio social e cooperativo na escola. Para os seguidores da tendência pedagógica interacionista o homem resulta de forças sócio-históricas especificas, mas, ao mesmo tempo, é capaz de ação que leva a transformar seu meio; para Piaget, a criança é um ser ativo que age espontaneamente sobre o meio e possui um modo de funcionamento intelectual próprio que o leva a se adaptar a esse meio; Vygotsky considera que há uma continua interação entre as estruturas orgânicas da criança e as condições sociais onde ela vive (BARROS, 1996). As orientações propostas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) reconhecem a importância da participação construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, da intervenção do professor. Considera-se que a pedagogia de projetos é uma estratégia pedagógica que permite ao professor desenvolver o trabalho com a participação dos alunos objetivando uma aprendizagem significativa.

 

METODOLOGIA:
Trabalhamos com dezesseis alunas do segundo Ano do Ensino Fundamental, na faixa etária de seis e sete anos. O primeiro passo foi explicar as crianças o que são brincadeiras de rua e incentivá-las na realização da cada atividade oferecida. Elaboramos então cartazes, desenhos em busca de diversão e de aprendizado de cada aluno, no intuito de descobrirmos o que se conhece e o interesse no assunto apresentado. Aplicamos um questionário e fizemos uma entrevista antes e depois da execução do trabalho. Planejamos exposições de cartazes, apresentações de vídeos educativos e praticamos as brincadeiras: Elefantinho colorido, Passa-passa três vezes, Cabra-cega, Queimado, Agacha-agacha, Amarelinha e brincadeiras de roda, proporcionando agilidade, criatividade e desenvolvendo a psicomotricidade, a linguagem e a percepção. Consideramos este tema conveniente pela necessidade de resgatarem-se as brincadeiras de rua e desenvolver o condicionamento físico, psíquico e emocional, resgatando valores morais e de respeito ao próximo.

 

RESULTADOS:

Para as perguntas aplicadas no questionário do pré-teste: 100% das crianças têm preferência por brincadeiras de escolinha e de bonecas. Em segundo lugar vem a brincadeira de amarelinha com 75%, todavia sempre realizada em casa, nunca na rua. Porém, o entretenimento de que mais gostam, é o de assistir aos ?desenhos animados?. No geral, os pais não ensinam brincadeiras nem brincam com as crianças. Apenas duas mães brincam com as filhas nos finais de semana. No pós-teste 50% responderam que gostaram mais de assistir ao vídeo e 50% disseram gostar de tudo. Apenas 20% conheciam as brincadeiras de roda. 75% responderam que não brincam na rua, uma vez que, existe muito fluxo de carro tornando quase que impossível brincar. Concluíram que a rua ideal seria aquela com mais segurança e espaço para correr, pular, jogar bola e pudessem brincar do que quisessem sem medo de sofrer qualquer tipo de acidente, que foi uma resposta unânime atingindo 100%. Quanto aos cartazes e desenhos individuais produzidos por elas, demonstraram claramente as habilidades de cada um em particular, com competências e potencialidades diversas. Desta forma, evidenciou-se a importância e relevância social e pedagógica do tema abordado. 

CONCLUSÃO:

As brincadeiras de rua, ainda que nos tempos atuais não se possa praticá-las nas ruas, pelo transito e sua violência, pela violência em si existente em nossa sociedade; poder-se-á aplicar na escola, em casa com os irmãos e ou amiguinhos, no parque, nas praias ou onde quer que exista espaço. Em virtude dos fatos mencionados, como selecionar estratégias pedagógicas que levem os alunos a construção de seu próprio conhecimento? Consideramos que as brincadeiras de rua podem servir para desenvolver o convívio social e cooperativo na escola.   Desvencilhar as crianças um pouco do mundo eletrônico que na maioria das vezes se não bem orientados só faz muito mal, tendo em vista, a maldade, a violência, a dissimulação e a devassidão sexual implícita em muitos programas, novelas e jogos eletrônicos. Concluímos este trabalho com um pensamento do fantástico Piaget (1978) que diz ?A habilidade para competir em jogos em grupos, está ligada à maturidade dos indivíduos não sendo apenas um traço de personalidade ou apenas fruto do meio em que ela vive?. Assim, consideram-se atendidas as perspectivas que nortearam a execução das práticas.

Instituição de Fomento: FACULDADE AMADEUS-FAMA
Palavras-chave: brincadeiras de rua, pedagogia de projetos, psicomotricidade.