61ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
EFEITO DO CULTIVO PROTEGIDO E CAMPO SOBRE A ÁREA FOLIAR EM PLANTAS DE Lactuca sativa
Joze Melisa Nunes de Freitas 1
Renato Berwanger da Silva 2
Denise Schimidt 2
Benedito Gomes dos Santos Filho 1
Cândido Ferreira de Oliveira Neto 1
Allan Klynger da Silva Lobato 2
1. Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA); Instituto de Ciências Agrárias
2. Universidade Estadual de Maringá (UEM)
INTRODUÇÃO:

O plantio em ambiente protegido tem sido uma prática muito utilizada pelos produtores de hortaliças, no qual é uma técnica que permite a proteção das plantas contra a ação dos agentes meteorológicos externos, como temperaturas baixas, excesso de precipitação e ventos fortes. Este tipo de ambiente funciona como uma alternativa tecnológica que permite racionalizar os fatores de produção, no qual reduz a utilização de defensivos e minimiza a incidência de pragas e doenças (ANDRIOLO, 2000).

Estudos conduzidos por Goto (2000) investigando a espécie Lactuca sativa sob cultivo protegido, observou que mesmo com a redução do ciclo, as plantas apresentaram maior massa seca da planta no final do cultivo em relação ao plantio à campo.

A produção de hortaliças vem se apresentando como uma atividade de grande interesse econômico e social, pois além de gerar emprego e renda pode contribuir para a valorização da agricultura familiar.

O objetivo deste experimento foi avaliar e comparar a área foliar em plantas de Lactuca sativa L. sob cultivo protegido e em campo.

 

METODOLOGIA:

O experimento foi conduzido na área experimental do Curso de Agronomia, localizado no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, sendo utilizada a cultivar Vitória de Santo Antão.

O desenho experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial, com 2 tratamentos (cultivo protegido e campo aberto) combinado com 4 pontos (7, 14, 21 e 28 dias após o transplantio), tendo 4 repetições e a área de cada parcela teve as dimensões 1.0 x 6.0 m.

As sementes foram colocadas para germinar em bandejas, preenchidas com substrato Plantmax® e mantidas em sistema “floating” para realização da irrigação. Após as plântulas apresentarem a 5ª folha, foi realizado o transplante para o local definitivo. As plantas foram coletadas nos 7, 14, 21 e 28º dia após o transplante e foi avaliada a área foliar.

Foi aplicada a análise de variância e quando ocorreu diferença significativa os valores foram submetidos ao teste de Tukey ao nível de 5% de significância, assim como foram calculados os desvios-padrões em todos os pontos e tratamentos avaliados.

RESULTADOS:

           A área foliar apresentou diferença significativa, como pode ser observado na Tabela 1. Foram observados que nos primeiros 7 dias após o transplante não houve diferença estatística, mas a partir do 14º dia foi observado diferença entre os tratamentos. Dessa forma, no 28º após o transplantio das plantas foi observado o aumento na área foliar de 54,2% no cultivo protegido, quando comparado com o sistema em campo. Os resultados obtidos no 7º dia após o transplantio no campo foram 0.013 m² ± 0.002a, e no cultivo protegido 0.025m² ± 0.001ª; No 14º dia no campo 0.055m² ± 0.010b, e no cultivo protegido 0.121m² ± 0.022a; No 21º dia no campo 0.111m² ± 0.015b, e no cultivo protegido 0.337m² ± 0.030a; No 28º dia no campo 0.198m² ± 0.025b, e no cultivo protegido 0.365m² ± 0.120a.

CONCLUSÃO:

          A área foliar das plantas do tratamento sob cultivo protegido foi significativamente superior às plantas em condições de campo, no qual revela os benefícios deste cultivo na espécie avaliada neste estudo.

Instituição de Fomento: Universidade Federal Ruaral da Amazônia(UFRA); Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Palavras-chave: Lactuca sativa, cultivo protegido, crescimento.