61ª Reunião Anual da SBPC |
A. Ciências Exatas e da Terra - 5. Matemática - 6. Matemática |
RECONHECENDO A MATEMÁTICA NO CONTEÚDO DE GEOMETRIA, SEUS ELEMENTOS E MEDIDAS NOS OBJETOS E/OU UTENSÍLIOS INDÍGENAS NA COMUNIDADE DE FILADÉLFIA NO ALTO RIO SOLIMÕES. |
Ana Maria Libório de Oliveira 1, 2 |
1. Universidade do Estado do Amazonas/UEA 2. Organização Geral dos Professores Ticunas Bilíngües/OGTB |
INTRODUÇÃO: |
A pesquisa fora realizada na Comunidade de Filadélfia no Alto Rio Solimões com os indígenas Ticunas, alunos da Universidade do Estado do Amazonas da Escola Normal Superior |
METODOLOGIA: |
A pesquisa fora realizada por um período de 15 dias na sede da Universidade do Estado do Amazonas na Comunidade de Filadélfia com 83 discentes da OGPTB, divididos em duas etapas: a primeira apresentara as medidas usuais e suas representações, e a segunda a definição e o reconhecimento de perímetro comprimento, largura, altura e área - em seguida desenvolvera os cálculos e aplicações, sendo essas em representações gráficas apresentados nos livros didáticos, e posteriormente aplicara o desenvolvimento de medidas, transformações de medidas e áreas em objetos e/ou utensílios locais e a realização das representações gráficas, utilizando o trabalho de campo e observações diretas, com réguas, metragem, transferidor, escalímetro, máquinas fotográficas, blocos de anotações, folhas A4, escada e lápis de desenho e de cor, almejando a identificação e verificação da importância e aplicação dos conceitos de Geometria Plana; produção de desenhos a representação do objeto; desenvolvimento das percepções visuais e suas aplicações; desenvolvimento da criatividade, o raciocínio lógico e o raciocínio visual por meio de aplicações de elementos geométricos e do sistema medidas de comprimento. |
RESULTADOS: |
Com intuito em reconhecer os conteúdos matemáticos dentro da realidade local indígena em duas atividades realizadas e com a atividade de campo, confirmou entorno dos 83 alunos, que apenas 7 deles apresentaram algumas dificuldades, ou seja, em 91,5% ocorreu à aprendizagem e assimilação. Entretanto, fora percebido que os conteúdos apresentados levariam 10 aulas - teoria e prática. Porém com essa intervenção levou 15 dias, analisaram-se vários aspectos além de simplesmente a aprendizagem - como a formação de professores, levou-se em conta os vários aspectos que o professor indígena poderia levar ao conhecimento do seu aluno. Entretanto, observou-se que os objetos reconhecidos e trabalhados no conteúdo dado, foram: a cisterna da escola com as forma retangulares, a quadra de vôlei representando um plano e perímetro, uma unidade da escola Ütchara com todas as representações e dimensões; a biblioteca da escola denominada Ebenezer que tem formas circulares e no telhado triangulares; o tipiti e bolsa de tucum forma retangular, remo e a flecha com formas de losango e retangulares e seu cabo cilindro; caixa-d’água, escuda de dança, tronco da árvore, pacará, paneiro, balaio, anel de tucum, colar indígena, paira (caneca) com formas circulares, entre outros. Todos os objetos e/ou utensílios foram utilizados os elementos principais da geometria, as medidas e suas conversões, perímetros, comprimentos e áreas. |
CONCLUSÃO: |
Diante dos conteúdos e o reconhecimento desses, dentro da realidade local, e obtendo uma forma de apresentar e reconhecer elementos e aplicações das medidas e da geometria em coisas usuais, estimula-se para que futuramente reconheçam outros conteúdos inseridos dentro da realidade indígena. É notório que há aplicações da matemática nos objetos e/ou utensílios, mas é necessário levar ao conhecimento destes, pois os indígenas não aplicam cálculos matemáticos em suas representações, mas a matemática é a Ciência que investiga relações entre entidades definidas abstrata e sua lógica, pode-se considerar que na construção de seus artesanatos e utensílios são realizados com exatidão rigorosos, que matematicamente é necessário em sua aplicação. |
Palavras-chave: indígenas, aplicação, objetos e/ou utensílios. |