61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
REMOÇÃO DE FOLHAS PRIMORDIAIS EM PLANTAS DE GIRASSOL (Helianthus annus L.).
ANA LÚCIA DA SILVA LIMA 1
ROBERTO RIBEIRO RODRIGUES 1
FÁBIO ZANELLA 2
1. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná/ULBRA
2. Instituto Federal de Rondônia (IFRO)
INTRODUÇÃO:

Os cotilédones são as primeiras folhas a se formarem no embrião, ou seja, são folhas embrionárias também chamadas de folhas cotiledonares. Após a germinação, essas estruturas morfológicas atuam na fotossíntese e podem armazenar nutrientes que serão fornecidos à planta em seu estádio inicial de crescimento. A abscisão natural dos cotilédones é um indício de que a planta não necessita mais desses para o seu estabelecimento, ficando os primeiros pares de folhas (eófilos) os fornecedores de fotoassimilados. Em condições naturais algumas estruturas vegetais, como os cotilédones, podem sofrer danos, o que poderá afetar o estabelecimento da planta. O presente trabalho objetivou analisar o efeito da remoção total e parcial dos cotilédones e do eófilo em plantas de girassol (Helianthus annus L.).

METODOLOGIA:

O estudo foi conduzido no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI/ULBRA), no estado de Rondônia, no ano de 2008. Foram testados quatro tratamentos (T): T1 - plantas intactas, ou seja, sem remoção dos cotilédones; T2 - plantas com remoção total dos cotilédones; T3 - plantas com remoção de um cotilédone e; T4 - plantas com remoção de um eófilo. As variáveis analisadas foram: comprimento da parte área (CPA) e do sistema radicular (CSR), massa seca total (MST), número de folhas (NF), área foliar (AF) e pigmentos fotossintéticos. Os dados foram submetidos à análise de variância simples e nos casos significativos foi aplicado o teste de médias de Duncan, ao nível de 5% de probabilidade.

RESULTADOS:

Os tratamentos não influenciaram significativamente os dados de CPA, CSR e NF. Para a variável MST o tratamento com remoção total dos cotilédones promoveu o menor valor e diferiu estatisticamente dos demais. A área foliar também foi afetada pela remoção total e parcial dos cotilédones e de um eófilo, apresentando os menores valores em T2 e T3 e estes diferindo dos demais. Os tratamentos 1 e 2 propiciaram os maiores teores de pigmentos fotossintéticos, não diferindo entre si. No entanto, T3 foi estatisticamente idêntico a T1 e T4.

CONCLUSÃO:

A remoção das folhas primordiais (cotilédones e eófilo) afetou negativamente a massa seca total e a área foliar. Houve uma tendência de aumento nas concentrações de clorofilas e carotenóides com a remoção dos cotilédones.

Instituição de Fomento: CEULJI/ULBRA
Palavras-chave: crescimento, cotilédones, pigmentos fotossintéticos.