61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 2. Biologia - 3. Biologia Geral
ESPÉCIES DE FLEBOTOMÍNEOS (DIPTERA; PSYCHODIDAE) DA AMAZÔNIA DO MARANHÃO, BRASIL. ÁREA ENDÊMICA DE LEISHMANIOSE CUTÂNEA.
Vera Lúcia Lopes de Barros 1, 2
Wanderli Pedro Tadei 1
Antonio Rafael da Silva 2
Eloisa Rosário Gonsalves 2
José Manuel Macário Rebêlo 2
1. INPA
2. UFMA
INTRODUÇÃO:
Os flebotomíneos do gênero Lutzomyia são vetores das diversas formas clínica da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). A LTA é um dos maiores problema de saúde pública no Brasil. Antes era considerada uma doença de áreas rurais e agora se faz presente também nos centros urbanos, atingindo populações menos favorecidas.  O surgimento dessa endemia está relacionado com o processo de colonização no país e com a intensa devastação da cobertura vegetal, ocorre o desequilíbrio ecológico. O objetivo foi conhecer as espécies de flebotomíneos (Diptera; Psychodidae) da Amazônia do Maranhão, Brasil. Área endêmica de leishmaniose cutânea.
METODOLOGIA:
O trabalho foi realizado em Pau Ferrado Município de Buriticupu-Ma  de janeiro a dezembro/2006, com uso de armadilha luminosa tipo CDC e barraca de Shannon.
RESULTADOS:
Foram capturados 4.416 exemplares de 15 espécies de flebotomíneos, sendo as mais freqüentes Lutzomyia whitmani (60,3%), L. hirsuta (26,3%) e L. evandroi (3,5%). Registrou-se pela primeira vez a presença de L. carvalhoi e L. davisi. Os flebotomíneos ocorreram o ano inteiro e em todos os horários. A maior concentração de espécimes ocorreu no período chuvoso (91,5%) e das 18 às 24 horas (54,1%).
CONCLUSÃO:

A maioria das espécies foi encontrada em um determinado período do ano, mas não significa que sejam sazonais. As espécies L. evandroi, L. hirsutus e L. whitmani, por exemplo, foram consideradas constantes, pois estiveram presentes na área em mais da metade das coletas. Já L. migonei, L. oswaldoi e L. serrana exibiram comportamento de espécies acessórias, pois estiveram presentes entre 25% e 50% das coletas. As demais foram acidentais, posto que ocorreram em menos de 25% das coletas.

Instituição de Fomento: CNPq e UFMA
Palavras-chave: Lutzomyia, Leishmaniose Cutânea, Amazônia Maranhense.