61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 6. Parasitologia
PARASITOS DE BRÂNQUIAS DA SARDINHA (Triportheus albus Cope, 1872). CAPTURADAS NA AMAZÔNIA
Nilson de Oliveira Costa Filho 1
Antônia da Silva Hipy 1
Gabriela de Moraes Viana 1
Sanny Maria Sampaio de Andrade 1
Cleusa Suzana de Oliveira Araújo 1, 2
Fabio Gonçalves de Lima Magalhães 1
1. Centro Universitário Nilton Lins
2. Universidade do Estado do Amazonas
INTRODUÇÃO:
A espécie Triportheus albus destaca-se por sua ampla distribuição e adaptabilidade a vários biótopos, habita as áreas alagadas e sua dieta consiste predominantemente de insetos terrestres e aquáticos. É considerado um peixe de médio porte, onívoro, com cerca de 30cm de comprimento, fusiforme, possui relevante importância econômica, representando 3,5% do pescado total desembarcado no porto de Manaus chegando a cerca de 14% no período de seca. Sabe-se que os peixes em ambiente natural estão susceptíveis ao parasitismo e que as brânquias representam a integridade destes organismos. Na Amazônia a relação parasito e hospedeiro podem estar associadas às alterações do ciclo hidrológico, pois na época da seca, o confinamento das espécies propicia local ideal para a transmissão dos parasitos. Desta forma, este estudo teve como objetivo avaliar a parasitofauna de brânquias do Triportheus albus e estimar os índices parasitários.
METODOLOGIA:

Os exemplares de peixes foram coletados no lago do Catalão, ilha da Marchantaria, Amazonas, em Outubro de 2008 pelo projeto de Dinâmica Populacional, coordenado pelo Instituto de Pesquisas do Amazonas – INPA no período da seca. 18 exemplares com tamanho médio 125.94cm e com peso médio 30.36g foram necropsiados. As brânquias foram retiradas, fixadas em formol a 5% e transportadas para o Laboratório de Zoologia Aplicada do Centro Universitário Nilton Lins, em Manaus, para a realização da identificação dos parasitos, das quais foram analisadas microscopicamente e os índices de parasitas por peixe coletado foram estimados.

RESULTADOS:

Os índices parasitários nas brânquias de T. albus foram: intensidade média 8.3%, prevalência 100% e abundância média 8.3%. Os crustáceos copépodas, Ergasilus hydrolycus tiveram maior prevalência, com 77.8%, seguido pelos monogenéticos com 61% e pelos isópodas, Anphira junki, com 11%. Contudo, a maior intensidade foi de monogenéticos, com 6.7%, seguida dos copepodas, com 5.3 e pelos isópodas com 1%. A abundância foi maior nos monogenéticos, com valor máximo de 15 parasitos por peixe. Os monogenéticos estão em fase de identificação taxonômica.

CONCLUSÃO:

Os resultados deste trabalho indicam diversidade parasitária de Triportheus albus nesta época de coleta, pois foi parasitado por três grupos taxonômicos, Monogenea, Copepoda e Isopoda. Foi o primeiro registro de monogenoides para este hospedeiro.

Instituição de Fomento: Centro Universitario Nilton Lins
Palavras-chave: Amazônia, sardinha, parasito.