61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
ATIVIDADE DA REDUTASE DO NITRATO EM FOLHAS DE MUDAS DE ANDIROBA SUBMETIDAS AO ESTRESSE HÍDRICO
Bruno Calzavara Flores 1
Hadrielle Karina Borges Neves 1
Hugo Amancio Sales Silva 1
Flavio José Rodrigues Cruz 1
Candido Ferreira de Oliveira Neto 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2
1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, UFRA
2. Prof. Dr. Orientador
INTRODUÇÃO:
A andiroba (Carapa guianensis Aubl.) é uma espécie encontrada na Amazônia sendo o óleo de sua semente muito utilizado como fototerápico no combate a inflamações ocasionadas por contusões entorses entre outros fatores, além de ser matéria-prima das indústrias cosmética na produção de sabonetes e óleos para banho. Na fase de muda, as espécies arbóreas são mais suscetíveis aos danos provocados por estresses abióticos como aqueles causados por escassez de água na fase inicial de plantio, visto que, por não estarem com o sistema radicular suficientemente profundo, tornam-se vulneráveis ao déficit hídrico. O estresse hídrico pode provocar danos fisiológicos que retardam ou mesmo, dependendo da espécie e duração do tempo de estresse, inibe o crescimento de mudas no campo de plantio, o que pode trazer transtornos econômicos para o silvicultor. Dentre as alterações fisiológicas desencadeadas pelo estresse hídrico, ressalta-se a redução da atividade de enzima redutase do nitrato que constitui a porta de entrada do nitrogênio no metabolismo nitrogenado dos vegetais. Nesse sentido, as plantas respondem à redução da atividade desta enzima por meio da redução do crescimento, alterações no metabolismo nitrogenado entre outros sintomas.
METODOLOGIA:
Mudas de andiroba com seis meses de idade foram transplantadas para vasos contendo 40 kg de solo com o pH corrigido e adubado segundo a necessidade da cultura. As mudas, já em vasos, passaram por um período de aclimatação de 40 dias após o qual foi iniciado um período de 15 dias de estresse hídrico. Ao final dos 15 dias foi medida a atividade da redutase do nitrato em folhas adultas e o resultado expresso em µmoles NO2-2. gMF-1. h-1. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado com dois tratamentos (plantas controle e sob estresse hídrico) e dez repetições. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
A atividade da redutase do nitrato foi significativamente afetada pelo estresse hídrico de 15 dias. As plantas sob estresse hídrico apresentaram redução de 15% na atividade da redutase nas folhas de mudas estressadas, em relação às mudas irrigadas.
CONCLUSÃO:
O período de estresse de 15 dias foi suficiente para reduzir a atividade da redutase do nitrato em folhas de andiroba.
Instituição de Fomento: UFRA
Palavras-chave: Redutase do nitrato, andiroba, estresse hidrico.