61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 1. Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
Isolamento e Identificação de Fungos FILAMENTOSOS da Rizosfera de Piper marginatum Jacq
Joyse Silva de Lima 1
Jacqueline Maralice Feiler de Araújo 2
Hugo William Oliveira de Sá 3
Francisco Luiz da Silva Neto 4
José Odair Pereira 5
Ágata Cristiane Huppert Giancoli 6
1. Graduanda em Biologia – Centro Universitário do Norte - UNINORTE
2. Bacharel em Agronomia - Universidade Federal Rural do Amazonas – UFRA
3. Graduando em Biologia - Universidade Federal do Amazonas – UFAM
4. Graduando em Biologia - Universidade Federal do Amazonas – UFAM
5. Prof. Dr. Titular - Universidade Federal do Amazonas – UFAM
6. Profa. Dra. Orientadora - Universidade Federal do Amazonas – UFAM
INTRODUÇÃO:

INTRODUÇÃO

A rizosfera é uma zona de diversidade microbiana peculiar, com alta atividade e número de organismos e complexa interação entre microrganismos e raízes. A comunidade microbiana da rizosfera pode influenciar o crescimento vegetal de maneira benéfica (simbiose, biocontrole, fixação de nitrogênio etc.) neutra ou variável (liberação de enzimas e competição) ou prejudicial (doenças e fitotoxidade). O termo rizosfera refere-se à região do solo influenciada pelas raízes, com máxima atividade microbiana, e está localizada de modo geral desde a superfície da raiz até uma distancia de 1 a 5 mm desta. Esta região apresenta número elevado fungos produtores de metabólitos secundários, como auxina, antibióticos, ácidos, enzimas extracelulares (atividade celulolíticos, amilolíticos proteolíticos, pectinolíticos, ligninolíticos entre outros), fungos utilizados para o controle biológico de pragas, biorremediação entre outros processos de interesse Biotecnológico.

METODOLOGIA:

METODOLOGIA:

O espécime vegetal P. marginatum e o solo presente na rizosfera foram coletados na Reserva da Universidade Federal do Amazonas – UFAM (3º 5' 17" latitude Sul e 59º 58' 4" longitude Oeste). A raiz fragmentada e introduzida no interior de um frasco Elermneyer (250 ml) contendo 90mL de água destilada esterilizada com mais 10 gramas do solo (rizosfera) peneirado. O sistema foi encubado em shaker por 30 minutos a 200rpm. Após este período, diluições em séries (1mL da suspensão) foram transferidas para tubos contendo 9ml de solução Salina 0,8% esterilizada. Foram transferidos 0,1mL das diluições 10-1 e 10-2 para placas de Petri contendo meio de cultura seletivo acrescido de antibiótico (Meio BDA e Meio Solo - FRIGHETTO & VALARINI, 2000 e Meio Peptona). O inoculo foi espalhado uniformemente pela placa com alça de Drigalski (espalhamento em superfície) e incubado em temperatura ambiente por 20 dias. A partir do segundo dia de incubação do sistema, as pequenas colônias fúngicas, foram transferidas para novas placas de Petri com meios específicos, sendo então purificadas. Ao final dos 20 dias, o total das colônias formadas em cada placa foi contada nas diluições estabelecidas, obtendo-se o resultado final em número de células/mL da suspensão original (UFC).

RESULTADOS:

RESULTADOS:

Foi isolado o total de 358 fungos filamentosos, sendo estes separados em Grupos, seguindo diferenças morfológicas macroscópicas e microscópicas distintas. Os resultados preliminares indicam que foram isolados 12 indivíduos com características de Penicillium ssp, 11 fungos com as características de Aspergillus ssp; 13 indivíduos com as características Fusarium ssp, 9 indivíduos com as características de Xylaria ssp, 23 indivíduos com as características de Colletotrichum ssp, 52 indivíduos com as características de Trichoderma ssp, 9 indivíduos com as características de Phomopsis ssp, 7 indivíduos com as características de Guignardia ssp. Os demais fungos filamentosos isolados estão sendo analisados para identificação, através da técnica clássica e técnicas moleculares (PCR com primer específico da região ITS e posterior Sequenciamento).

CONCLUSÃO:

CONCLUSÕES:

A biodiversidade amazônica é riquíssima, em números de plantas, peixes, aves, mamíferos e insetos, sem contar os microrganismos que podem vir a somar milhões de espécies. Estima-se que apenas 5% dos fungos existentes nos solos tenham sido descritos. Os fungos envolvem-se em inúmeras relações mutualistas, amensais, comensais e competitivas com outros organismos do solo, sem considerar sua importância para a Indústria Biotecnologica. Consideramos que os estudos que estão sendo desenvolvidos, neste trabalho, com a microbiota fúngica da rizosfera, como Isolamento, Identificação e futuros teste enzimáticos e antimicrobianos é de fundamental importância para o conhecimento do potencial da Biodiversidade da Região Amazônica. Os resultados preliminares desta pesquisa demonstraram um pouco da riqueza da microbiota amazônica, que apresenta imenso valor biotecnológico.

Instituição de Fomento: FAPEAM e CNPq (Projeto de DCR – Edital 005/2007).
Palavras-chave: Fungos, Rizosfera, Piper marginatum.