61ª Reunião Anual da SBPC |
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 14. Ensino Superior |
FORMAÇÃO DO PROFESSOR INDÍGENA: PERSPECTIVAS E DESAFIOS NO ENSINO SUPERIOR |
Maria Auxiliadora Coelho Pinto 1 |
1. Universidade do Estado do Amazonas |
INTRODUÇÃO: |
A formação do professor indígena e a educação indígena específica e diferenciada, está relacionada a processos escolares em atributos de sociabilidade somado a outros fatores, analise feita que rege o princípio da especificidade sobre a formação desse professor a um novo conceito de educação: aprender a conhecer, aprender a viver juntos, aprender a fazer e aprender a ser. A formação deverá enfatizar sua função educativa e que a base deve ser alicerçada a conjunto de valores que possibilite alterar percepções, maneiras de pensar e instaure a cooperação, sabedoria e assim verificar o papel e metodologia no processo cultural político pedagógico desses professores na construção de uma política integracionista/construtivista de educação escolar. Trabalhar com a concepção de “escola indígena” que permita refletir a função do desenvolvimento social, como instrumento de afirmação e reelaborarão cultural. A escola que contribua na conquista de espaço político, buscando novas relações interculturais, no marco do reconhecimento do Brasil, do Estado e a até mesmo do local onde há possibilidade de engajamento de possibilidades dialéticas, assim como a superação da perspectiva nos desafios enfrentados pelos atores. São analisados ainda os limites e as possibilidades das escolas indígenas e currículos, como recurso político-cultural de afirmação das identidades no confronto com a realidade atual, ou em seu enfrentamento, no que se refere aos desafios e perspectivas enfrentadas no Ensino Superior. |
METODOLOGIA: |
No sentido de pensar e concretizar propostas que atendam e respondam as necessidades e expectativas da formação dos professores indígenas. Foram adotados procedimentos metodológicos de pesquisa, tais como: entrevistas com professores e alunos, verificar as metodologias conduzidas pelos professores aos alunos, questionários para situarmos em uma relação dialética diante de tais paradigmas. Para refletir sobre o cenário que conduz a busca por uma formação adequada que responda aos desafios de intercâmbios vivenciados pela sua luta em busca da autonomia, para garantir o caráter intercultural é necessário haver professores índios e não-índios trabalhando lado a lado na sala de aula. |
RESULTADOS: |
A pesquisa mostrou questões referentes aos dados coletados nas observações, entrevistas e atuação prática que foram realizadas na escola. Durante as entrevistas buscou-se identificar a pensamento dos professores a respeito da educação especifica e diferenciada e importância do currículo das escolas indígenas na preparação e formação para o desafio de inserção ao ensino superior, bem como a realidade da escola e as dificuldades que se revelam as metodologias trabalhadas como a prática. Com alguns professores focaram-se os questionamentos às questões de valorização do currículo na escola e o seu papel no conjunto de disciplinas executadas para a formação dos alunos. Durante a observação identificou-se questões relativas à estrutura da aula, atuação do professor, e o perfil do trabalho nessas turmas, as dificuldades e possibilidades encontradas naquele contexto. A partir desses dados tentou-se identificar quais os conhecimentos realmente necessários para a atuação prática sugerindo caminhos para que esta seja mais reflexiva e verdadeiramente significativa para o desenvolvimento do aluno. |
CONCLUSÃO: |
Percebeu-se que a interculturalidade está presente na escola indígena porque as relações entre as duas sociedades estão, efetivamente, permeando a vida de qualquer grupo indígena na situação pós-contato. A própria existência da instituição escolar já exemplifica esse fato. Entretanto, o reconhecimento dessa autonomia passa por uma negação do modelo assimilacionista de educação implementado desde a época colonial que, como vimos, tinha como pressuposto subjacente à suposta "incapacidade" dos índios. Infelizmente, essa concepção permanece até os dias atuais, quando ainda se planejam ações para as escolas indígenas, mantendo-os assim numa posição de tutelados, ignorando o direito à alteridade, já garantido na Constituição de 1988. Assim, podemos concluir que a escola não está num modelo que prioriza ora os conhecimentos acumulados pela sociedade ocidental, ora os conhecimentos produzidos pelas sociedades indígenas, mas na garantia de a escola poder ser um espaço que reflita a vida dos povos indígenas. Hoje, com as contradições presentes nas relações entre as diferentes sociedades, com a possibilidade de ser integrada nos processos educativos de cada povo. |
Palavras-chave: Educação , Professores , Indígenas. |