61ª Reunião Anual da SBPC |
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 1. Farmacologia Bioquímica e Molecular |
PLANTAS AMAZÔNICAS COM ATIVIDADE INIBITÓRIA SOBRE A TIROSINASE |
Jessyca dos Reis Celestino 1 Marne Carvalho de Vasconcellos 2 Tatiane Pereira de Souza 2 Emerson Silva Lima 3 |
1. Fac de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Amazonas/UFAM - graduanda 2. Doutora da F.C.F., Universidade Federal do Amazonas/UFAM - colaboradora 3. Doutor da F.C.F., Universidade Federal do Amazonas/UFAM - orientador |
INTRODUÇÃO: |
A tirosinase é a enzima-chave na biossíntese da melanina, pigmento endógeno preto-acastanhado, formado quando esta enzima catalisa a oxidação da tirosina em 3,4 diidroxifenilalanina (L-DOPA), reação esta que ocorre nos melanócitos de mamíferos. A função da melanina é proteger a pele dos danos causados pela absorção dos raios Ultravioleta. Se há excesso na produção de melanina, surgem as desordens de hiperpigmentação, tais como as sardas, o melasma ou patologias mais graves, como o melanoma maligno. No campo dos alimentos, a tirosinase participa de reações onde oxida compostos fenólicos à quinonas, sendo estas responsáveis pelo escurecimento de frutas e vegetais. Essas reações oxidativas levam ao decréscimo da qualidade nutricional desses alimentos, uma vez que reduzem a biodisponibilidade de alguns aminoácidos essenciais, limitando o valor comercial do produto. Este trabalho teve por objetivo avaliar o potencial inibitório de duas espécies de plantas amazônicas sobre a tirosinase: Caesalpinia ferrea Mart (Jucá) e Ptychopetalum olacoides (Muirapuama). |
METODOLOGIA: |
Extratos aquosos das cascas e vagem de Caesalpinia ferrea Mart foram preparados por infusão e o extrato das folhas de Ptychopetalum olacoides foi preparado por maceração a frio |
RESULTADOS: |
Através do ensaio colorimétrico da tirosinase, obtiveram-se as seguintes inibições para Caesalpinia ferrea Mart e Ptychopetalum olacoides, respectivamente: 84,7±5,20 (casca), 65,3±1,89 (vagem) e 98,2±1,67 (folha), na concentração de 2,5 mg/mL. A CI50 (mg/mL) dessas amostras foi de 0,65±0,04, 0,94±0,40 e 0,87±0,07. Já o Ácido Kójico apresentou inibição de 78,9±6,60 na concentração de 0,25 mg/mL e CI50(mg/mL) de 0,057±0,004. |
CONCLUSÃO: |
Através deste trabalho, pode-se concluir que as espécies de plantas amazônicas avaliadas inibiram a enzima tirosinase no teste in vitro, sendo que o extrato da casca de Caesalpinia ferrea Mart foi o que apresentou a melhor atividade inibitória. Com base nestes dados, estudos posteriores podem ser desenvolvidos com o objetivo de comprovar essa possível ação clareadora e empregá-la nas indústrias farmacêuticas e de alimentos. |
Instituição de Fomento: FAPEAM e CNPq |
Palavras-chave: Tirosinase , Atividade inibitória, Melanina. |