61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
INFLUÊNCIA DA RESTRIÇÃO HÍDRICA SOBRE O ACUMULO DE MASSA SECA EM PLANTAS DE FEIJÃO CAUPI
Gerson Diego Pamplona Albuquerque 1
Flávio José Rodrigues Cruz 1
Hadrielle Karina Borges Neves 1
Monyck Jeane dos Santos Lopes 1
Hugo Amancio Sales Silva 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2
1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, UFRA
2. Prof. Dr. Orientador
INTRODUÇÃO:
O feijão Caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) é o alimento básico na alimentação das populações mais pobres, exercendo importante função social no suprimento das necessidades nutricionais dessa camada, além de desempenhar papel fundamental na composição da produção agrícola brasileira nas regiões Norte e Nordeste. Representa a principal fonte de proteínas de origem vegetal para a população dessas Regiões, notadamente a de baixa renda. O crescimento das culturas pode ser afetado por vários fatores ambientais dentre os quais se destaca o déficit hídrico como o mais importante em regiões com baixa precipitação pluviométrica ou com ocorrência de veranicos, que contribuem para reduzir a produtividade agrícola nessas regiões. O crescimento, desenvolvimento e reprodução das plantas são altamente dependentes de um suprimento constante de água, que pode aumentar à medida que a cultura avança em seu ciclo fenológico podendo haver redução no acúmulo de biomassa em casos de redução do potencial hídrico do solo a níveis intoleráveis pelas culturas.
METODOLOGIA:
Sementes de feijão caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] cultivar Brs-Milênio, obtidas da Embrapa Meio Norte foram postas para germinar em vasos contendo 15 litros de solo franco-arenoso. No 12º dia após o semeio foi feito o desbaste das plântulas deixando-se uma plântula por vaso e uma adubação com NPK nas doses de 20-30-30 kg. ha-1 por vaso. Os vasos foram irrigados diariamente, mantendo-se o solo na capacidade de campo. No 28º dia após o semeio, as plantas foram submetidas ao estresse hídrico progressivo constituído por quatro períodos de tempo de estresse. Ao final de cada período, as plantas foram coletadas, separadas em raiz e parte aérea, ensacadas e postas para secar em estufa de ventilação forçada por 72 horas a 65 ºC. Em seguida foi determinada a massa seca das partes destacadas em balança analítica de precisão (0,02g). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x4x6 (plantas controle e sob estresse hídrico; Quatro períodos de estresse hídrico: 2, 4, 8 e 16 dias, e 6 repetições). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas a 5% pelo teste de Tukey.
RESULTADOS:
O déficit hídrico periódico aplicado afetou significativamente o acúmulo de massa seca da parte aérea das plantas de feijão caupi onde foi observada redução de 19,25%, 53,84%, 43,73% e 60% da massa seca em plantas sob estresse em cada período de estresse, em comparação as plantas controle. Em relação à massa seca das raízes, foram observadas diferenças significativas, ocorrendo reduções de 19,46%, 28,31% e 53,63% nos períodos de 2, 8 e 16 dias de estresse. Quanto ao tempo de estresse, foi observado aumento da massa da parte aérea das plantas de feijão caupi, no entanto, o acumulo foi sempre menor nas plantas sob estresse em relação as plantas controle. O mesmo foi observado nas raízes, observando-se incrementos de massa seca nas plantas controle e, por outro lado, decréscimos desta variável nas plantas sob estresse à medida que se aumentou o tempo de estresse.
CONCLUSÃO:
O estresse hídrico afetou o acumulo de massa seca tanto do sistema radicular como da parte aérea de plantas de feijão caupi submetidas ao estresse hídrico.
Instituição de Fomento: UFRA
Palavras-chave: Raiz, parte aérea, estresse hídrico.