61ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 4. Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - 1. Aqüicultura
ENDOPARASITOS DE Arapaima gigas (SCHINZ, 1822) SOB CONDIÇÕES DE CULTIVO NO ESTADO DO AMAZONAS
Gabriela Moraes Viana 1
Cleusa Suzana de Oliveira Araújo 1, 2
Ana Lúcia Gomes 1
Sanny Maria Sampaio de Andrade 1
Marcos Tavares-Dias 3
Marieta Nascimento de Queiroz 1
1. Centro Universitario Nilton Lins
2. Universidade do Estado do Amazonas
3. EMBRAPA - Amapá
INTRODUÇÃO:

O Arapaima gigas, conhecido como pirarucu, é um importante peixe da ictiofauna amazônica. É uma espécie de grande porte, podendo chegar a três metros de comprimento e pesar 200 kg. É muito valorizado economicamente e apresenta excelente potencial para condições de cultivo. Apesar de sua importância no contexto regional, ainda são escassos os estudos acerca da biologia, ecologia e patologia desta espécie, os quais são os principais entraves para seu sucesso em cativeiro. Quanto ao aspecto sanitário do pirarucu em ambientes confinados, pouco se conhece sobre a ocorrência e incidência de parasitos. Este estudo teve como objetivo conhecer os endoparasitas associadas ao pirarucu de cultivo, a fim de contribuir com informações que possam evitar possíveis danos econômicos causados em sistemas de cultivo.

METODOLOGIA:
O estudo foi realizado entre o período de agosto de 2006 a novembro de 2008, em estações de piscicultura do município de Manacapuru, no Estado do Amazonas. Após a captura foram tomadas as medidas biométricas do peixe. Os estômago, intestino e cecos pilóricos foram retirados e colocados em formalina a 10% e enviados ao  Laboratório de Zoologia Aplicada do Centro Universitário Nilton Lins. Os parasitos encontrados foram identificados com auxílio de chaves de identificação.
RESULTADOS:

Neste estudo 54 pirarucus com idade variando de um a três anos e comprimento entre 25 a 136 cm e peso de 200g a 62Kg foram examinados. As espécie encontradas no intestino e estômago foram: Spirocamallanus tridentatus e Goezia spinulosa. G. spinulosa foi a espécie mais prevalente, ocorreu em 89,47% dos peixes parasitados, com intensidade média de 4,47. Os parasitos do filo Nematoda, em geral, não apresentam grau elevado de patogenicidade, mas os peixes quando acometidos em intensidades altas podem apresentar atrofia, necrose, fibrose e inflamação no fígado; dilatação dos vasos sanguíneos e hemorragia do tubo digestivo além de inapetência, letargia e ascite. Não foi registrado parasito nos cecos pilóricos.

 

CONCLUSÃO:

Embora os índices parasitários não tenham sido elevados, a simples presença do parasito é um alerta. Isto pode se tornar um problema principalmente considerando que em ambiente confinado as condições favorecem a atuação dos parasitos e a situação pode agravar-se.

Instituição de Fomento: FAPEAM, Centro Universitário Nilton Lins – CUNL e CNPq
Palavras-chave: Pirarucu, nematoda, Amazônia.