61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 13. Parasitologia - 1. Entomologia e Malacologia de Parasitos e Vetores
Avaliação da resistência dos mosquitos anofelinos, vetores de malária, aos inseticidas em Belém, estado do Pará.
CRISSIANE COSTA REIS 1, 2
MARINETE MARINS PÓVOA 2
IZIS MÔNICA CARVALHO SUCUPIRA 2
DEOCLECIANO GALIZA PRIMO 2
JOSÉ ELSON ABUD DE ARAÚJO 2
EDVALDO PAIXÃO SANTA ROSA 2
1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
2. INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
INTRODUÇÃO:

A malária, doença parasitária causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida por mosquitos anofelinos do gênero Anopheles tem como principais espécies vetoras no Brasil Anopheles darlingi, An. aquasalis e An. marajoara. O controle de vetores faz parte das estratégias básicas para controlar a malária e por isso há necessidade de monitorar a resistência dos anofelinos vetores aos inseticidas usados para tal estratégia, o que vem sendo feito em todos os estados amazônicos por recomendação do Ministério da Saúde (MS). Este monitoramento é feito usando a prova de garrafas desenvolvida pelo CDC

METODOLOGIA:

 Para a obtenção da geração F1 em laboratório foram utilizados mosquitos ingurgitados coletados em campo. Para a prova foi preparada solução padrão do inseticida com 75 mg de deltametrina em 30ml de acetona a 100% (concentração final - 1000 mg/L). Em cada garrafa do teste foi colocado 1 mL de acetona mais o inseticida em diferentes concentrações e na  controle apenas acetona. Foram colocados 20 mosquitos em cada garrafa e a leitura (número de mosquitos mortos) realizada a cada 10 minutos até 120 minutos e após 24 horas

RESULTADOS:

Foram obtidas geração F1 de An. aquasalis, An. darlingi, An. marajoara e An. triannulatus.  A partir da geração F1 de An. marajoara foram realizadas provas para determinação da linha de base (dose em que 100% dos mosquitos morrem em 30’) para a deltametrina fornecida pelo MS e após isto, foram realizadas  provas para determinar a susceptibilidade desta espécie a deltametrina (SIGMA). A primeira prova (linha de base) para o An. marajoara mostrou que a dose encontrava-se entre 20 e 30mg e em provas subseqüentes foi encontrada a dose de 29mg. O estudo da susceptibilidade foi feito com 8 garrafas contendo a dose de 30mg, cujos resultados foram incoerentes por somente 2 garrafas apresentarem 100% dos mosquitos mortos em 80’, tempo maior do que o preconizado pela técnica. Este fato pode ter sido devido a 1) ter-se determinado a linha de base e avaliado a resistência com fontes diferentes do inseticida, 2) problema na impregnação das garrafas e 3) pressão da deltametrina sobre a população do mosquito estudada.

CONCLUSÃO:

Há necessidade de rever a linha de base utilizando a nova fonte de inseticida e repetir os testes para verificação da susceptibilidade.

Instituição de Fomento: INSTITUTO EVANDRO CHAGAS
Palavras-chave: Anopheles, resistência, deltametrina, prova de garrafas.