61ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 12. Engenharia Química
ANÁLISE DO OZÔNIO DE SUPERFÍCIE DE 1996 A 2000 SOBRE O OBSERVATÓRIO ESPACIAL DO SUL 
Elenice Kall 1
Damaris Kirsch Pinheiro 1
Nelson Jorge Schuch 2
Germano Possani 1
1. Universidade Federal de Santa Maria / UFSM
2. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais / INPE
INTRODUÇÃO:

Desde 1992 a parceria do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) com a Universidade Federal de Santa Maria - UFSM, através do Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria - LACESM/CT/UFSM inseriu o Programa de Monitoramento do Ozônio (PMOA), resultando na instalação do Observatório Espacial do Sul OES/INPE (29ºS, 53ºO), em São Martinho da Serra estando localizado a 40 km de Santa Maria e o Centro Regional de Pesquisas Espaciais do INPE-CRSPE/INPE, situado no campus da UFSM. Este programa monitora sistematicamente na média e baixa atmosfera a concentração do conteúdo do ozônio atmosférico e da Camada de Ozônio terrestre no extremo sul do País, por métodos indiretos: com o espectrofotômetro do tipo Brewer, e por métodos diretos: radiossondagens via balões estratosféricos, determinando a concentração do ozônio em função da altura na baixa (troposfera) e média (estratosfera) atmosfera. Este trabalho analisa o ozônio de superfície sobre o Observatório Espacial do Sul e o correlaciona com as influências das queimadas na região centro do Rio Grande do Sul ocorridas neste período de 1996 a 2000.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

METODOLOGIA:

Os dados de ozônio de superfície foram obtidos através de 50 sondagens realizadas pela parceria entre o Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT/UFSM, o Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/INPE – MCT e o Laboratório de Ozônio – LO/DGE/INPE - MCT, sendo desenvolvidas no Observatório Espacial do Sul (29,4ºS, 53,8ºO), em São Martinho da Serra. Foi usado o Sistema de Processamento Meteorológico Zeemet W-9000 que recebeu dados da sonda meteorológica Microssonda Mark II, acoplada a sonda de ozônio do tipo Célula de Concentração Eletroquímica que permite obter o perfil de ozônio. Para determinar os focos de queimadas foram utilizados os dados de satélites como NOAA 12 e 16 da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).

RESULTADOS:

Os valores do ozônio de superfície foram analisados realizando-se a média e o desvio-padrão dos meses de janeiro a dezembro de cada ano verificado, sendo que o ozônio é máximo no inverno e mínimo no verão. Observou-se que nos meses de setembro e outubro destes anos houve um aumento não esperado de ozônio para esta época. Verificou-se que nestes mesmos meses existem picos nas espessuras ópticas de aerossóis para o período da manhã. Tanto o aumento de ozônio quanto das espessuras de aerossóis pode estar associado a queima de biomassa, provavelmente devido as massas de ar vindas da região Central e Norte do Brasil e no Estado do Rio Grande do Sul.

CONCLUSÃO:

Conforme a análise do ozônio de superfície realizada no período de 1996 a 2000 no Observatório Espacial do Sul, verifica-se que o aumento do ozônio de superfície pode estar associado às queimadas nas regiões Central e Norte do Brasil e no Estado do RS.

Instituição de Fomento: FIPE
Palavras-chave: Ozônio, Sondagens Atmosféricas, Queimadas.