61ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 5. Micologia
FUNGOS MACROSCOPICOS (AGARICALES) DO CAMPUS I DO INPA, MANAUS, AMAZONAS, BRASIL.
Marcley Gonzaga Ferraz 1
Maria Aparecida de Jesus 1
1. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/INPA
INTRODUÇÃO:

A biodiversidade é um dos termos mais divulgado no mundo cientifico é composta por uma grande variabilidade de organismos vivos tais como a flora, fauna, microrganismos e macrofungos. Dentro desta diversidade ocorre uma variedade de interações entre as espécies e ecossistemas (Lewinsohn, 2009). A taxonomia é uma ferramenta utilizada para classificar, listar as espécies existentes no ecossistema de uma região ou lugar de interesse. Os estudos realizados com a biodiversidade, geralmente tem como objetivo a preservação e/ou a conservação das espécies, no sentido de viabilizar a aplicação dos recursos biológicos de modo sustentável (Santos, 2009). A diversidade fungica de Agaricales no mundo inteiro é aproximadamente de 300 gêneros e 5.000 espécies, sendo que para o Brasil são relatados 136 gêneros e 1011 espécies. Algumas espécies apresentam potencial biotecnológico como, por exemplo: Psilocybe castanella na bioremeriação, Psilocybe cubensis como alucinógenos e comestível como Agaricus bisporus (Putzke, 1994; Bononi, 1998). A escassez de dados sobre a diversidade de Agaricales na região Amazônica dar-se devido, principalmente a falta de taxonomista e inventario deste grupo. De modo que este trabalho teve como objetivo contribuir com o conhecimento da diversidade dos Agaricales da região Amazônica.

 

METODOLOGIA:

Os fungos Agaricales foram coletados no Campus I do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/INPA, Manaus, Am com uma área de 255.736,49 m2. As coletas ocorreram no período chuvoso entre outubro de 2008 e janeiro de 2009. Durante as coletas foram observadas as macroestruturas dos basidiocarpos. No laboratório foram analisadas as microestruturas tais como esporos, basídios, basidiósporos, hifas e cistídeos, dentre outras. Na identificação das espécies utilizou-se as seguintes referências Pegler (1993), Keiser (2005), Kibby (2005), Laesso (2005), Largent (1973), Silveira (1996), Fidalgo & Fidalgo (1967), Putzke (2004). As exsicatas estão depositadas no Laboratório de Patologia de Madeira/CPPF/INPA.

 

RESULTADOS:

Foram identificados 18 espécimes pertencentes à Ordem Agaricales distribuídos nas seguintes famílias: Agaricaceae, Amanitaceae, Coprinaceae (1), Cortinariaceae, Strophariaceae, Tricholomataceae nas espécies Lepiota ianthinosquamosa Pegler (1), Limacellae (1), Inocybe geophulla var. geophulla Keize (1), Stropharia rugosoannulata Farl.Murr. (1), Stropharia sp (4), Psilocybe sp.(1), Xerula sp (1), Marasmius alliaceus Jacq. : Fr (1), M. denisii Singer (1), M. haematocephalus (Mont.) Fr. (1), e Marasmius spp (5). Semelhante composição de espécies de Tricholomataceae  foi encontrada na Reserva Biológica Egler, AM (Souza, 2004).

  

CONCLUSÃO:

O registro de L. ianthinosquamos, I. geophulla var. geophulla, S. rugosoannulata, M. haematocephalus, M. denisii, Marasmius spp, Xerula sp, Psilocybe sp, Stropharia sp é relevante, tendo em vista que contribui com a ocorrência e distribuição de Agaricales para a região Amazônica.

Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
Palavras-chave: Amazônia, Taxonomia de fungo, Agaricales.