61ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 7. Química Orgânica
Caracterização da reação de biotransformação de abutasterona por Aspergillus níger via espectrometria no infravermelho.
Héctor Henrique Ferreira Koolen 1
Ana Lúcia Queiroz de Assis Galotta 1
Antônia Queiroz Lima de Souza 3
Afonso Duarte Leão de Souza 1
Maria Lúcia Belém Pinheiro 1
José Odair Pereira 2
1. Departamento de Química, Instituto de Ciências Exatas / UFAM
2. Faculdade de Ciências Agrárias / UFAM
3. Escola Superior de Ciências da Saúde / UEA
INTRODUÇÃO:

As reações de biotransformação são uma alternativa frente à síntese orgânica clássica, e o interesse na obtenção de compostos biologicamente ativos por uma metodologia mais simples e limpa nos leva a substituir etapas em reações de síntese como reduções de carbonilas α,β – insaturadas por reagentes de grignard estes altamente tóxicos. Neste contexto de posse da maior biodiversidade do planeta a Amazônia apresenta uma variedade enorme de microorganismos endofíticos que com suas enzimas transformam um substrato em uma nova molécula , dentre estes microorganismos se destaca o fungo Aspergillus níger,  este utilizado na indústria como produtor de ácido cítrico e que possui enzimas específicas para reações de oxi-redução. Assim, o objetivo de nossas pesquisas tem sido o aprimoramento de nossas técnicas de fermentação e confirmação das reações de biotransformações por nós realizadas.

METODOLOGIA:

Amostras do esteróide Abutasterona isolado de Abuta velutina com alto grau de pureza foram cedidas pela profª Drª Maria Lúcia Belém do departamento de química da UFAM. Linhagens diferentes do fungo Aspergillus níger foram obtidas pela profª Drª Antônia de Souza do laboratório de Genética Humana da UEA, estas linhagens foram purificadas por diluições seriadas para se obter culturas monospóricas e conservadas pela metodologia de Castellani. Procedeu-se a partir da conservação o inóculo em escala analítica para as biotransformações. As linhagens foram cultivadas em três meios de cultura (Sa, Malte e BD) e a fermentação feita nos modos: estático e sob agitação a 120 rpm em incubadora shaker. O substrato foi adicionado no sétimo dia no modo agitado e no décimo quarto dia no modo estático, após esta etapa obteve-se extratos que foram analisados em cromatografia de camada delgada para seleção da melhor linhagem e da melhor condição para a biotransformação em larga escala. A biotransformação em escala preparativa foi realizada em modo estático a 26ºC por 20 dias, o extrato foi obtido por partição do meio metabólico e logo foi submetido a fracionamento cromatográfico em coluna de fase reversa e as frações submetidas a espectrometria no infravermelho para confirmação da biotransformação.

RESULTADOS:

Nas biotransformações em escala analítica a melhor condição foi a fermentação em modo estático no meio Malte. Esta foi selecionada para a fase preparativa e após o término da fermentação e fracionamento foram obtidas dez frações, das quais três se apresentavam puras e estas analisadas em espectrometria no infravermelho onde uma mostrou-se produto da biotransformação e confirmou a reação na carbonila α,β-insaturada do esteróide Abutasterona.

 

CONCLUSÃO:

O estudo da biotransformação do esteróide abutasterona permitiu até o momento o isolamento do produto formado e a confirmação por espectrometria no infravermelho de que o sistema α,β-insaturado foi a porção do substrato modificado.

 

Instituição de Fomento: Programa de iniciação científica – PIBIC, CNPQ/UFAM
Palavras-chave: Biotransformação, Abutasterona, Aspergillus níger.