Os ratos são tradicionalmente utilizados como modelos experimentais devido à facilidade de manutenção, a índole dócil do animal e sua prolificidade. Atualmente, uma das exigências da comunidade científica é que esses animais possuam elevados parâmetros de qualidade sanitária e genética, uma vez que são reagentes biológicos. Os parasitas podem influenciar as pesquisas experimentais, aumentando a variabilidade dos dados e diminuindo a precisão das análises. Portanto, o controle dos ectoparasitos é fundamental para que os dados obtidos em experimentos realizados in vivo sejam confiáveis.

Doze ratos (Rattus norvegicus), com aproximadamente 200g foram escolhidos aleatoriamente, divididos em três grupos (n=4), sacrificados por meio de deslocamento cervical, acondicionados em papel alumínio e mantidos a -20°C até colheita dos ectoparasitos com o auxílio de pente, no sentido cabeça-cauda (dorso), movimento repetido três vezes em cada animal. Os ectoparasitos obtidos dos animais de cada grupo foram agrupados em três amostras e conservados em etanol 95% para posterior análise.  Foi utilizado para identificação lupa binocular (PZO-Labinex) e posteriormente microscópio (Nikon Eclipse E200). As imagens dos parasitos foram obtidas no Laboratório Temático de Microscopia Eletrônica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

Na amostra 1 foram identificados quatro indivíduos de Psoroptes sp.; na amostra 2, dois indivíduos de Psoroptes sp.; na amostra 3 foram identificados um indivíduo de Psoroptes sp., dezesseis indivíduos de um gênero x, ainda desconhecido e quatro indivíduos de outro gênero y, também ainda não identificado.

Com os resultados obtidos observamos que a técnica utilizada é eficiente para a obtenção de ectoparasitos de ratos. Os ectoparasitos Psoroptes sp. e os indivíduos do gênero x, ainda não identificado foram os mais freqüentes nos animais alojados no Biotério Central da UFAM.